Covid-19: Estudo alemão indica baixa taxa de contágio em escolas
Estudo alemão indica baixa taxa de contágio em escolas - Mais ampla pesquisa sobre coronavírus em escolas na Alemanha constata anticorpos da covid-19 em poucos alunos e professores. Jovens poderiam funcionar até como freio ao contágio. Apenas cerca de 0,1% de quase 2 mil alunos e professores testados no estado alemão da Saxônia apresentaram anticorpos contra a covid-19, segundo um estudo divulgado ontem. Isso sugere que as escolas talvez não desempenhem um papel tão importante na propagação do coronavírus quanto alguns temiam.
Pesquisadores do Hospital da Universidade de Dresden analisaram em maio e junho amostras de sangue de quase 1.500 jovens entre 14 e 18 anos e 500 professores de Dresden e das cidades menores de Bautzen e Görlitz. No maior estudo realizado na Alemanha com esse grupo populacional, incluíram-se escolas onde haviam ocorrido surtos da doença respiratória.
Como informou o pesquisador Reinhard Berner em coletiva de imprensa, entre todas as amostras apenas 12 continham anticorpos. Assim, é possível que os alunos não só não acelerem a pandemia, mas "talvez até funcionem como um freio à infecção". Além disso, os casos nas escolas não desencadearam um surto, e a transmissão doméstica do Sars.cov-2 é muito menos dinâmica do que se pensava.
A conclusão do secretário de Educação da Saxônia, Christian Piwarz, a partir desses resultados é que as escolas estaduais podem reabrir normalmente no fim de agosto, após as férias de verão, respeitadas algumas condições, como o uso de máscaras protetoras e distanciamento social, sempre que possível.
A Alemanha começou a reabrir os estabelecimentos de ensino em maio, embora continue o debate sobre até que ponto as crianças e adolescentes contribuem para transmitir a covid-19, tanto para adultos vulneráveis em casa, quanto para professores e pessoal escolar mais idoso.
Reinhard Berner ressaltou que o estudo é representativo para o estado da Saxônia, que tem um nível de contágios relativamente baixo em relação a outras partes do país, e sugere que outros estados com baixas taxas de infecção também possam reabrir sem desencadear novos surtos.
Também nesta segunda-feira, Lothar Wieler, presidente do órgão alemão de controle e prevenção de doenças infecciosas, o Instituto Robert Koch (RKI), revelou que numa pesquisa recente se constataram anticorpos em apenas 1,3% de 12 mil amostras de doadores de sangue. Segundo o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, o perigo de uma segunda onda de covid-19 na Alemanha é real, mas evitável.
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