Japão autoriza testes de saliva para aumentar detecção da covid-19
O governo do Japão aprovou hoje o uso de um novo tipo de teste de PCR baseado em amostras de saliva dos pacientes, que visa expandir o número total de testes realizados, além de reduzir o risco de contágio para os profissionais da saúde.
Os novos testes serão cobertos pelo seguro de saúde público e realizados em pacientes com sintomas de covid-19 por até nove dias, período durante o qual o vírus permanece detectável na saliva dos infectados, anunciou hoje o ministério da Saúde japonês.
Esse método "aliviará significativamente a carga tanto para os doentes, como para as instituições que coletam amostras, aliviando o risco de infecção", disse o ministro da Saúde, Katsunobu Kato, em entrevista coletiva.
O método mais utilizado para PCR (reação em cadeia da polimerase) requer uma amostra nasofaríngea colhida por pessoal médico, o que acarreta o risco de tosse ou espirro do paciente e a consequente exposição potencial ao vírus para os profissionais de saúde.
Para os novos testes, os pacientes devem colocar uma amostra de saliva em um recipiente e entregá-la aos profissionais de saúde, de acordo com o ministro japonês, também observando que a confiabilidade desse teste é comparável à baseada nas amostras nasofaríngeas.
O ministro não detalhou em que medida esse novo método será implantado e como afetará o número total de testes realizados, após as críticas recebidas pelas autoridades japonesas por realizarem testes em menor escala do que outros países.
O Japão realizou mais de 292 mil testes de PCR até o momento e registrou 19.949 infecções e 898 mortes por covid-19, de acordo com os últimos dados disponíveis.
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