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EUA pedem à China 'cooperação e transparência' em investigação da pandemia

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, falou por telefone com Yang Jiechi, chefe de Relações Exteriores da China - Mark Makela/Getty Images
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, falou por telefone com Yang Jiechi, chefe de Relações Exteriores da China Imagem: Mark Makela/Getty Images

11/06/2021 17h30

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu à China nesta sexta-feira uma maior "cooperação e transparência" na investigação sobre as origens do coronavírus, enquanto expressou preocupação com a "deterioração das normas democráticas" em Hong Kong e o "genocídio" dos uigures na província de Xinjiang.

Blinken falou hoje por telefone com Yang Jiechi, chefe de Relações Exteriores do Partido Comunista da China, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado americano.

Sobre a pandemia da Covid-19, o chefe da diplomacia americana "destacou a importância da cooperação e da transparência sobre a origem do vírus", incluindo a necessidade de um novo estudo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China.

A petição foi feita depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou um relatório de seus serviços de inteligência sobre a origem da pandemia no final de maio, depois que a teoria de que ela surgiu em um laboratório de Wuhan (China) ganhou força nas últimas semanas.

Blinken também enfatizou a Yang "a preocupação dos EUA com a deterioração das normas democráticas em Hong Kong" e "o genocídio e crimes contra a humanidade contra muçulmanos uigures e outros membros de grupos minoritários" na região chinesa de Xinjiang.

Por fim, Blinken pediu à China que "cesse sua pressão" sobre Taiwan, território que Pequim considera uma província rebelde.

A conversa coincide com a viagem de Biden à Europa para a cúpula do G7 e seu encontro com parceiros europeus em Bruxelas, nos quais o presidente quer obter um apoio mais claro de seus aliados para sua principal prioridade internacional: a competição acirrada entre Washington e Pequim.

Precisamente nesta semana, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei com despesas previstas de cerca de US$ 250 bilhões que visa aumentar a competitividade nacional para enfrentar o poder industrial e militar da China.

As relações entre a China e os Estados Unidos se deterioraram drasticamente durante o mandato do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) com atritos nos setores comerciais, diplomáticos e tecnológicos, e, embora Biden tenha prometido outra abordagem, seu governo segue mantendo a pressão sobre Pequim.