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Chile proíbe 2ª dose da AstraZeneca para homens com menos de 45 anos

Homens com menos de 45 anos que receberam a 1º dose de AstraZeneca serão imunizados na 2º dose com o imunizante da Pfizer - Dado Ruvic/Reuters
Homens com menos de 45 anos que receberam a 1º dose de AstraZeneca serão imunizados na 2º dose com o imunizante da Pfizer Imagem: Dado Ruvic/Reuters

Da EFE, em Santiago

15/06/2021 07h26Atualizada em 15/06/2021 07h30

As autoridades sanitárias do Chile informaram nesta segunda-feira que proibirão a aplicação da segunda dose da vacina da AstraZeneca em homens com menos de 45 anos, que receberão o imunizante da Pfizer para concluir o processo de vacinação contra a covid-19 a partir desta semana.

"Para os (homens) menores de 45 anos que já receberam a primeira dose da AstraZeneca, foi determinado que concluam a vacinação com a da Pfizer", afirmou a subsecretária de Saúde, Paula Daza.

No dia 3 de junho, um caso confirmado de trombose em um homem de 31 anos levou à suspensão temporária da administração da segunda dose da vacina britânica, que só está sendo aplicada em mulheres com mais de 55 anos.

O Chile realiza um dos processos de vacinação contra a covid-19 mais bem-sucedidos do mundo. Até o momento, 59,2% da população-alvo (todos os maiores de 20 anos foram convocados de forma voluntária) já recebeu duas doses. A partir desta semana, será iniciado o processo para vacinar os menores de 20 anos.

Apesar disso, o país convive há várias semanas com um agravamento da pandemia que chegou a colocar Santiago em quarentena total desde o sábado passado e a estender o estado de alerta sanitário por mais três meses, até 30 de setembro.

O alerta, segundo as autoridades, permite a adoção de algumas medidas de restrição devido à pandemia de covid-19, mas não significa que será ampliado o estado de exceção, que deverá ser proposto pelo presidente e aprovado no Parlamento. O estado de exceção permite, entre outros pontos, militarizar as ruas.

Nas últimas 24 horas, a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTI) se situou acima de 95%, após o registro de 3.290 pacientes em estado grave (um dos números mais altos desde o início da pandemia), o que significa que no país restam apenas 160 leitos para pacientes na mesma condição.

Desde a véspera, foram contabilizados 6.234 contágios e 97 mortes, elevando o total para mais de 1,46 milhão de casos de covid-19 e 30.804 óbitos.