Uso de adoçante é seguro e indicado para quem quer emagrecer
Criados para substituir o consumo de açúcar, os adoçantes, antes destinados para pacientes diabéticos, foram incorporados no dia a dia de quem quer emagrecer e se preocupa com o corpo. O aditivo sempre esteve envolvido em muitas polêmicas, mas, segundo especialistas, o consumo dos edulcorantes (outra nominação dos adoçantes) é seguro e recomendado em diversas fases da vida.
O tema foi discutido durante o 17º Congresso Brasileiro de Nutrologia da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) realizado em São Paulo entre os dias 25 e 27 de setembro.
"Para um produto ser aprovado, não é preciso só mostrar a segurança de uso, mas também a necessidade daquela tecnologia. Os adoçantes foram aprovados no Brasil, pois se viu a necessidade de substituir o açúcar nos alimentos e bebidas para diminuir a obesidade", explica Maria Cecília Toledo, engenheira de alimentos e membro de grupos técnicos da Anvisa, OMS e da FAO.
De acordo com Toledo, muitos estudos toxicológicos foram analisados por comitês internacionais, "formados por especialistas sérios", e nenhum deles provou que o consumo dos edulcorantes está relacionado com o câncer e outras doenças. "Os adoçantes são eliminados, eles não se acumulam pelo corpo", acrescenta a engenheira de alimentos.
Para evitar o consumo em excesso dos edulcorantes, uma tabela mostra a dose de ingestão diária aceitável (IDA) com base na quantidade de miligramas por quilograma de massa corpórea. Por exemplo, a IDA do aspartame é 40 mg/kg, ou seja, uma pessoa de 60 quilos pode consumir 2.400 mg desse edulcorante por dia.
"Essa quantidade diária equivale a 60 sachês ou 4,5 litros de refrigerante zero. São doses muito altas, que as pessoas não costumam consumir e é praticamente impossível alguém ultrapassar essa recomendação", exemplifica Filippo Pedrinola, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (Abeso).
As opções de adoçantes são diversas: sucralose, sacarina, aspartame, ciclamato, estévia e acessulfame-k. De acordo com Toledo, 80% da ingestão desses aditivos são consumidos pelos brasileiros nas bebidas e nos adoçantes de mesa.
"Não existe um que seja melhor que o outro. O paciente precisa testar e identificar qual ele prefere, qual adoça melhor etc. Não existe uma regra para isso", determina Toledo.
Para os especialistas, quem quer cortar o açúcar para emagrecer, sem perder o sabor, pode optar pelo adoçante. "A preferência pelo doce não pode ser retirada do paladar, pois é inata do ser humano e faz parte da evolução. Mas ela pode ser modificada e administrada de outra maneira com o uso dos edulcorantes", finaliza.
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