Voluntárias contam como a convivência com os animais melhorou suas vidas
São vários os estudos científicos que mostram os benefícios à saúde que a convivência com animais de estimação traz. Bem-estar, felicidade e tranquilidade são alguns deles.
Muita gente, porém, além de cuidar do próprio bicho, doa parte da sua casa e do seu tempo para gatos e cachorros --normalmente resgatados da rua-- que precisam de abrigos provisórios até que, enfim, encontrem uma morada para chamar de sua. Essa prática, realizada na maioria das vezes com o apoio de ONGs, é conhecida como lar temporário.
A terapeuta familiar e psicodramatista Miriam Barros indica a atividade. "O contato diário com um animal é ótimo para a autoestima. Faz a pessoa se sentir importante, mais viva e com ao menos um motivo para se levantar da cama", afirma.
Leia, a seguir, os relatos de cinco mulheres que fazem do seu lar um aconchego transitório para felinos e cães.
Andréa Freitas de Moraes, 45, publicitária
"Em 2010, peguei a Alice, minha primeira gata, na Adote Um Gatinho. No fim daquele ano me separei e ela ficou ainda mais grudada comigo. Foi aí que procurei a ONG novamente para adotar o Théo e um fazer companhia para o outro. Desde então, me tornei voluntária e, há três anos, dou lar temporário. Foi uma decisão por impulso. Vi a foto da Millie --que veio a ser minha estreia com temporários-- e ela tinha sido resgatada cheia de sarna. Morri de dó e me prontifiquei a hospedá-la. Creio que 30 gatos já passaram pela minha casa, onde há um quarto só para eles, com caixas, prateleiras e um grande arranhador. Não consigo ver um gato abandonado na rua e deixá-lo. Com o Chico, meu terceiro, foi assim. Eu o resgatei de uma avenida. Não tenho dúvidas de que minha vida mudou depois do voluntariado. Hoje, sou um ser humano melhor. Esse trabalho me ensina a fazer o bem sem olhar a quem. O lar temporário te prepara para o desapego. No início, no momento das doações, eu sofria. Com a Millie, por exemplo, fiz cara de que estava tudo bem, mas após a entrega entrei no carro e chorei. Entretanto, o prazer em ver o bichinho feliz faz toda a diferença". Andréa é voluntária da ONG paulistana Adote Um Gatinho.
Naiara Elisa Sansão, 27, designer de moda
Carol Martins Zanni, 37, publicitária
"Sempre gostei de bichos. Atualmente, tenho sete gatos e uma cachorra. Comecei na ONG há cinco anos e há três dou lar temporário. Nesse tempo, eu criei uma consciência de mundo diferente. Passei a perceber que não é só o ser humano que está aqui e, por isso, não podemos viver só para nossas contas, para o nosso trabalho, fechados no nosso dia a dia. No início, meu marido era resistente, não queria que que adotássemos mais gatos nem a Ricota, nossa cadela. Agora, ele é dos mais apaixonados. Muitos dos nossos gatinhos foi ele quem quis ficar. É legal despertar esse amor em outra pessoa. Nada como a convivência. Criamos um vínculo com o animal, que passa a depender 100% da gente. Mas, infelizmente, não dá para ficar com todos". Carol é voluntária da ONG paulistana Adote Um Gatinho.
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