Ocupar, conviver, cuidar: como melhorar a vida na cidade
Fazer de uma metrópole como São Paulo --enorme, barulhenta, complexa e desigual-- um ambiente mais harmonioso pode parecer uma missão impossível, mas há quem tente. Os esforços para tornar a vida na cidade mais agradável aparecem das mais variadas formas, seja por meio do plantio de hortas e jardins comunitários, com festas na rua, piqueniques em praças ou eventos relacionados ao uso da bicicleta.
Neste desafio cotidiano, cada um tem sua responsabilidade: poder público, empresas, organizações não governamentais e cidadãos.
Estes últimos, de acordo com o arquiteto e urbanista Anderson Kazuo Nakano, professor da Fundação Getúlio Vargas, são fundamentais para que uma mudança efetiva ocorra. "Eles são os que podem salvar as cidades", afirma.
Para tanto, diz ele, é preciso fazer frente à chamada "arquitetura do medo", modelo que vem se impondo na capital paulista desde a década de 1980, com a construção de condomínios que vendem como vantagem uma maior sensação de segurança e a comodidade de ter, a pouca distância, oferta de serviços como academia e shopping. "As pessoas estão se confinando em espaços intramuros, onde tudo está ao alcance". Estes tipos de empreendimentos, no entanto, afastam o cidadão da convivência e da troca com o outro.
O que, para Nakano, é essencial. "A qualidade de vida das pessoas na cidade se dá a partir das relações que podem ser construídas, seja na vizinhança ou com o comerciante do mercado do bairro, por exemplo".
"É por isso que o espaço público precisa ser encarado com muita seriedade", afirma. "Não importa o que seja esse local, se uma calçada mais ampla, se um pequeno jardim onde vizinhos se encontram e batem papo ou um largo com banquinhos para que colegas de trabalho possam conversar e tomar um sol após o almoço".
Abaixo, conheça iniciativas que tentam como podem transformar São Paulo em uma cidade mais aprazível.
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