Investigada, Pugliesi diz que é vítima de perseguição
Thais Carvalho Diniz
Do UOL
07/02/2017 14h21Atualizada em 08/02/2017 12h23
Na última semana, Gabriela Pugliesi bombou na internet. O motivo, dessa vez, não foi positivo. A musa fitness e o namorado, Erasmo Viana, foram denunciados ao CREF1 (Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro) por supostamente ter dado aula de ginástica em um evento da Unilever, na praia da Barra, no Rio de Janeiro. As investigações ainda não foram concluídas.
Em entrevista ao UOL por e-mail, Pugliesi afirmou que não tem formação na área --assim como Erasmo--, mas que nunca deu aula de ginástica ou se apresentou como educadora física. Segundo ela, em seus contratos com eventos que envolvem atividades físicas a presença de um profissional da área é uma exigência.
Para a blogueira, parte da audiência que tem é formada por "haters" dedicados: "Vez ou outra, conseguem fazer todos nós perdermos tempo em uma polêmica vazia". Leia a entrevista completa:
Defesa
Apesar da denúncia, Pugliesi afirma que apenas acompanhou as aulas, e não as ministrou. A blogueira enviou à reportagem do UOL a cópia de um documento de visita técnica do CREF1, que atesta que a educadora física Deborah Povoleri seria a responsável pelos exercícios. O evento foi realizado no dia 31/1/2017 e o documento tem data de 1/2/2017. O CREF1 informa que o registro baseia-se apenas no relato do organizador do evento, e não foi assinado por Deborah.
Procurada pela redação, a educadora física disse que foi contratada para dar aula para 120 pessoas e que a avisaram sobre a presença do casal, que participaria do evento com o fim de fazer o marketing da marca. "Meu papel era dar a aula. Em nenhum momento a Gabriela disse que alguém tinha que fazer alguma coisa ou incentivou os alunos como professora. Ela e o Erasmo participaram ativamente, sim, mas fazendo os exercícios que eu estava coordenando".
Nunca dei aula. Nosso papel [no evento] era participar das atividades passadas pela professora que estava presente ministrando a aula
UOL: Qual foi o evento para o qual você e Erasmo foram convidados pela Unilever?
Fomos contratados para participar de uma aula de exercícios funcionais junto com os funcionários da empresa. A aula foi ministrada por uma professora.
Eu e Erasmo estávamos ali para motivar e treinar junto. Na maior parte do tempo fizemos a aula com eles, estávamos conversando e interagindo.
UOL: Qual era a função de vocês nesse evento?
Nosso papel era participar das atividades passadas pela professora que estava presente ministrando a aula e conversar e interagir, animando os funcionários para a convenção de vendas que estava acontecendo naqueles dias.
UOL: A nota de esclarecimento Unilever confirma que tinha uma educadora física presente. Você já conhecia essa pessoa?
A responsável foi a professora Deborah Povoleri. Conheci pessoalmente no evento, mas já tinha visto pelo Instagram.
UOL: Como você ficou sabendo da denúncia ao CREF1? Eles já entraram em contato com vocês?
Soube da denúncia e da investigação por meio da imprensa, o que é muito estranho. Como a notícia de uma investigação chega à imprensa e não para quem, em tese, está sendo investigado? Fiz alguns vídeos no Instagram mostrando o que estava acontecendo no evento e isso gerou a denúncia. O CREF abriu a investigação, esteve no evento, mas não divulgou ainda o resultado dela. Eu acho muito importante que o CREF se manifeste sobre o que realmente aconteceu. No mesmo dia enviamos uma nota à imprensa e ao CREF, assim como a própria Unilever fez, com os nome e registro de quem estava ministrando as aulas.
UOL: A denúncia procede?
Não. Tenho em contrato a necessidade de profissionais de educação física quando há prática de atividades nos eventos, o que foi integralmente cumprido.
Autores da denúncia
Segundo o CREF1, Gabriela Pugliesi foi denunciada por profissionais da área de nutrição e educação física por exercer a profissão ilegalmente, em um evento da Unilever. A blogueira, porém, afirma que as denúncias vêm de "haters", que a perseguem na internet.
Essas pessoas ['haters'] parecem viver em função do que eu faço, literalmente me perseguem, estão sempre procurando alguma brecha para me prejudicar
UOL: Os autores da denúncia são nutricionistas, educadores físicos e fisioterapeutas. Por que esses profissionais teriam que se preocupar com o que você faz?
Não acho que sejam eles e não dá para generalizar. Mas cabe a pergunta: a quem interessa esse tipo de polêmica? Se o CREF quiser publicidade para o importante papel que fazem, eu me voluntario a fazer essa propaganda de graça. Acho importante e fundamental o trabalho do conselho para pessoas comuns que, como eu, precisam de profissionais preparados para treinar e manter a saúde.
UOL: Você já sofreu algum tipo de problema com isso antes?
Sim, vez ou outra, isso acontece. Quando se tem muitos seguidores em redes sociais, junto com quem te admira e se identifica com seu trabalho, há também os “haters”. Essas pessoas parecem viver em função do que eu faço, literalmente me perseguem, estão sempre procurando alguma brecha para me prejudicar, seja por quererem aparecer ou porque acreditam mesmo no que estão fazendo. Mas é isso, vivemos em uma época na qual temos que lidar com notícias falsas, boatos que ganham as redes sociais... Comigo não seria diferente e já estou acostumada.
UOL: Entre os seus posts nas redes sociais, existem vídeos fazendo exercícios. Você acha que pode influenciá-los ao ponto de praticarem os mesmos movimentos baseados no seu Instagram? Como você deixa claro para os seguidores que eles não devem fazer ou usar as mesmas coisas que você divulga (além de avisar que é um 'plublipost')?
Eu compartilho meu dia a dia nas redes sociais e os exercícios estão presentes. Hoje em dia, temos em todo lugar vídeos ou fotos de pessoas nas academias, praias, fazendo exercícios... Cada vez mais as pessoas compartilham seu estilo de vida. Comigo não é diferente. Não faço vídeo com tutoriais de exercícios nem vídeoaula e, muito menos, aula presencial. Não me apresento nem nunca me apresentei como professora de educação física.
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