Ditado "o que não mata fortalece" pode ter explicação científica
Pesquisadores do instituto Sanford-Burnham Prebys Medical Discovery Institute, na Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que submeter o organismo a períodos de estresse leve como fazer sauna pode melhorar a autofagia celular –processo que consiste na degradação e reciclagem de estruturas danificadas—e, assim, melhorar a saúde e a longevidade.
A descoberta --publicada no site "ScienceDaily"-- foi feita observando-se um tipo de verme transparente que tem estruturas orgânicas similares aos seres humanos.
Na pesquisa, os vermes foram mantidos, durante uma hora, em incubadoras a 36ºC, uma temperatura substancialmente maior do que costumam ficar no laboratório. Após o período, observou-se que a taxa de autofagia aumentou em parte dos animais.
Os cientistas também observaram que um estresse térmico leve também pode melhorar a capacidade dos vermes de lidar com outra condição que piora com a idade: o acúmulo de proteínas agregadas, que é estressante para as células.
A descoberta pode ajudar a encontrar tratamentos para distúrbios neurológicos como a doença de Huntington --problema hereditário que provoca a degeneração progressiva de células do cérebro--, Alzheimer e Parkinson, males que têm a ver com o acúmulo de proteínas.
“Muitas pessoas têm nos perguntado se devem começar a fazer sauna ou ‘hot ioga’ [modalidade da atividade praticada em salas aquecidas]. Isso pode não ser uma ideia totalmente ruim. Estudos epidemiológicos indicam que o uso frequente de sauna está associado a uma vida mais longa”, disse a cientista Caroline Kumsta, líder do estudo, para o "ScienceDaily".
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