Stênio Garcia cai e quebra costelas; conheça sinais de vulnerabilidade
Stênio Garcia, 84, caiu em sua casa, no Rio de Janeiro, e fraturou duas costelas, nesta segunda-feira (27). Em seu perfil no Instagram, a mulher do ator, Marilene Saade, contou que ele quebrou duas costelas e terá de passar por uma cirurgia. Segundo o documento “Quedas em Idosos: Prevenção”, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a queda é o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre com idosos e a principal causa de morte acidental em pessoas acima de 65 anos.
Para a geriatra Flávia Barros de Azevedo, do Hospital das Clínicas de São Paulo, mais importante do que a idade, existem sinais físicos que possibilitam na mensuração do risco de queda.
“Há testes que podem ser feitos em consultório pelo geriatra [médico especializado no atendimento dessa população]. Costumo pedir que o paciente sente e levante de uma cadeira cinco vezes, sem apoiar. Também meço a panturrilha para verificar se há sarcopenia [perda de fibras musculares]. Um número menor do que 32 cm indica maior vulnerabilidade a quedas”, afirma Flávia.
A médica diz que, mesmo um idoso saudável, está sujeito a problemas próprios do envelhecimento. “Ao longo do tempo, a pessoa perde equilíbrio, acuidade visual [capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos], força muscular. Então, naturalmente, corre maior risco de cair.”
De acordo com dados do Ministério da Saúde, anualmente, de 30% a 60% da população com mais de 65 anos cai e se machuca. De acordo com a geriatra, as lesões mais comuns são fraturas de coluna vertebral, de braço e de antebraço.
O arquiteto Ivan Cassola, idealizador da plataforma Ark Dek, diz que é preciso ajustar a casa à medida que o morador envelhece. A seguir veja conselhos para tornar o ambiente mais seguro e minimizar o risco de quedas.
Iluminação
Segundo o arquiteto, vale reforçar os pontos de iluminação, principalmente em áreas de maior circulação, como os caminhos para o banheiro e a cozinha.
Tapetes
Cassola fala que é fundamental eliminar esse item da decoração da casa. “O artifício de fixar tapete com fitas adesivas não vale o risco. Eu não aconselho.”
Móveis
O arquiteto indica dar preferência a móveis mais robustos, pois o idoso costuma se apoiar para sentar e levantar. Ainda sobre mobiliário, ele diz que o melhor é optar por uma decoração com menos itens e evitando os muito baixos, como pufes.
Pisos
Deve-se evitar revestimentos muito lisos como porcelanato polido, principalmente no banheiro. Na impossibilidade de trocar, Cassola recomenda aplicar fitas antiderrapantes para aumentar a aderência. Se a moradia tiver taco de madeira, a manutenção é fundamental para garantir que não haja peças soltas nem com relevo.
Escadas
Cassola afirma que o ideal é que a casa não tenha, mas, se houver, que haja corrimões dos dois lados e fitas de cores fortes –daquelas usadas em vidros—para ajudar o idoso a perceber onde termina o degrau.
Banheiro
Além do já citado cuidado com a escolha do piso, o arquiteto recomenda a colocação de barras de apoio dentro da área do boxe e perto do vaso sanitário.
Quadros
Cassola fala ainda que quadros e outros objetos decorativos de parede não devem ser colocados em áreas de circulação, pois há o risco de o idoso se apoiar na parede, derrubar o item e se machucar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.