O que acontece com o seu corpo quando você tem um orgasmo?
Para celebrar o Dia Mundial do Orgasmo, comemorado nessa segunda, o UOL foi atrás de descobrir o que acontece com o nosso corpo quando atingimos o ápice do prazer. Leia a seguir.
Fontes: Albertina Duarte, ginecologista e diretora da área de saúde do adolescente da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; Florence Marques, ginecologista e coordenadora do Ambulatório de Sexologia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio Grande do Sul e Iracema Teixeira, psicoterapeuta doutora em psicologia e mestre em sexologia e membro da Sbrash (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana).
Melhora o humor e até a imunidade
Em ambos os sexos, o orgasmo traz reações psicológicas e físicas. Do ponto de vista da mente, o clímax traz relaxamento, alívio de tensão e sensação de bem-estar. Alguns estudos até apontam que chegar ao orgasmo também é capaz de melhorar nossa imunidade.
As mudanças na fisiologia começam por conta da estimulação visual e tátil durante as preliminares, carinhos nas zonas erógenas ricas em terminações nervosas que proporcionam esse nível de experiência. Esse estímulo afeta o sistema límbico, área do cérebro de satisfação e prazer.
Taquicardia e respiração acelerada
Em relação ao físico, a primeira alteração é que, com a liberação da adrenalina, o coração começa a ficar acelerado e vem a sensação de taquicardia. Isso aumenta a quantidade de sangue que chega aos músculos, principalmente na região pélvica.
Um dos efeitos da dilatação das artérias é o rosto ficar corado e há quem note vermelhidões em outras áreas do corpo. Os pelos também ficam eriçados e é comum sentir arrepios pelo corpo.
A respiração também fica acelerada e, apesar do ápice do prazer trazer relaxamento, antes de alcançá-lo os músculos do corpo começam a contrair e a ficarem mais tensos. Essa contração é causada pela liberação da adrenalina. Até os mamilos masculinos e femininos ficam rígidos quando o orgasmo está a caminho, assim como os músculos da face.
Espasmos involuntários e pupilas dilatadas
Algumas mulheres podem até experimentar espasmos involuntários na região do pescoço, dos braços, das pernas e dos pés, que são reflexos motores típicos desse momento. Outra alteração que o momento do prazer traz para o corpo são as pupilas dilatas, bem como a elevação da temperatura corporal durante a relação, o que pode fazer com que algumas pessoas transpirem mais durante o ato.
Hormônios: endorfina provoca a sensação de prazer
Durante o sexo, os hormônios liberados também estimulam o sistema nervoso parassimpático, provocando uma maior produção de saliva na hora H. Todo corpo se prepara para os segundos de prazer que estão por vir. A contração na área pélvica na hora do orgasmo provoca liberação de vários hormônios, dentre elas a endorfina, que provoca sensação de prazer, e a ocitocina, hormônio que estabelece vínculos e confiança.
Para as mulheres
No momento do orgasmo, a mulher sente por poucos segundos, aproximadamente 15, a contração de todos os órgãos pélvicos [ânus, vagina e até o útero]. Além de também sentir uma pulsação na entrada da vagina, que passa rapidamente. Na hora H, o clitóris também se retrai um pouco e no ponto G, localizado no interior da vagina, fica mais vascularizado e também aumenta a sensação de excitação.
Já os homens...
No homem, o pênis já está ereto por conta da dilatação sanguínea e o momento do orgasmo geralmente acontece junto com o gozo. Eles também sentem contrações na área pélvica, que fica na base do pênis, que é o que ajuda na emissão do sêmen.
Tanto os homens quanto as mulheres se "aperfeiçoam" nessa contração e, por isso, o próximo orgasmo tende ser melhor do que o anterior.
Posteriormente, a liberação de um outro hormônio, a noradrenalina, será a responsável pelo relaxamento nos momentos seguintes do prazer. Para muitas pessoas, a sensação depois do orgasmo é de cansaço, como se tivesse feito um exercício físico desgastante.
Todas as alterações acontecem em resposta aos estímulos sexuais e, quando o orgasmo vem, a frequência cardíaca, respiração e outros aspectos corporais voltam ao normal.
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