Leandro do KLB emagrece 8 quilos em um mês com dieta que "age no cérebro"
Sempre que achava que estava acima do peso, o cantor Leandro, do grupo KLB, fechava a boca e conseguia eliminar os quilinhos a mais. Dessa vez, ele quis fazer algo diferente: uma reeducação alimentar que trouxesse hábitos saudáveis de uma vez por todas para sua vida.
Foi quando ele conheceu o método 5S, dieta criada pela fisioterapeuta Edivana Poltronieri composta por cinco técnicas que alia reeducação alimentar, suplementação de vitaminas via nutracêuticos, ômegas 3, 6 e 9, tratamentos estéticos e acompanhamento diário com nutricionista e psicólogo. O método promete "agir no cérebro" ao propor uma alimentação e suplementação que desinflamem o hipotálamo --região do cérebro que, quando inflamada, causa alguns efeitos colaterais, como muita fome e pouca saciedade.
Com apenas um mês de tratamento, o cantor já exibe uma silhueta mais enxuta após ter eliminado oito quilos. "Já emagreci tudo que queria, mas o método dura três meses e eu vou continuar, pois, para mim, a possibilidade de fazer essa dieta, era incorporar os hábitos saudáveis de vez no dia a dia”, fala.
Lígia Cristina de Oliveira Roberto, esteticista responsável pelo tratamento do Leandro, conta que o cantor é um paciente muito disciplinado e que tem perdido uma média de 1,5 quilos por semana.
O cantor não tinha nenhuma meta específica para alcançar, no entanto, ficou surpreso com o resultado. "Foi bem mais fácil emagrecer com esse acompanhamento do que só fechando a boca sozinho. Nunca fui muito aberto a dietas, mas essa está somando muito na minha vida. Continuo comendo os alimentos que gosto", conta.
Manter peso após o fim da dieta
Para Leandro, o que mais o interessou nesse método foi o foco na reeducação alimentar, ou seja, a possibilidade de manter o peso mesmo após o fim do tratamento. "Eles mexem com a cabeça da gente. Nos ensinam a comer bem, de forma saudável, as combinações boas e ruins... Não é aquela coisa do nutricionista passar mil coisas chatas, você alcançar o peso que quer e depois voltar a comer tudo de novo e engordar. É uma mudança para vida", acredita.
Além de não estar passando fome, Leandro confessa que, no início, sentia muita vontade de doce, mas agora tem alguns truques para contornar a situação. "Ameixa seca, uva passa e damasco também são bons para caramba e satisfazem a vontade de comer algo doce. Antes, esses alimentos não entravam na minha lista jamais", fala, aos risos.
Fim da gastrite
Outro ponto positivo para o método foi o fim da sua gastrite. Toda vez que se alimentava, Leandro sentia uma "queimação desgraçada" a ponto de precisar se medicar para ter um alívio. "Só de ter mudado minha alimentação por um mês, não precisei tomar mais remédio para azia e gastrite. Foi quando eu percebi que a alimentação é tudo", conta.
Agora, Leandro excluiu do cardápio frituras e doces e tem aprendido sobre as combinações que fazem bem. "O legal é que aprendi a comer coisa nova. Peguei birra de brócolis e couve-flor, então, comecei a testar novas combinações como abobrinha e quiabo", exemplifica.
Uma vez por mês, Leandro tem direito a um dia do lixo, onde ele pode comer tudo que quiser. Para ele, esse dia seria a comemoração de seu aniversário. “Achava que ia detonar e tirar a atraso, mas parece que o cérebro não deixa mais você fazer essas coisas. Hoje, como um pouco e já estou satisfeito. A reeducação alimentar me ensinou que eu não preciso mais ficar com a barriga cheia, me sentindo estufado”, conta. No fim das contas, o cantor só comeu cinco brigadeiros e um pouco de carne e arroz para celebrar seu dia com a família e os amigos.
O acompanhamento pelo WhatsApp é outro ponto positivo da dieta para Leandro. “Esse acompanhamento personalizado diário é muito bom, principalmente para quem não tem muito foco. Não é meu caso. Quando eu coloco na cabeça que vou emagrecer, sigo isso, custe o que custar. Mas ter um incentivo diário é bom”, reconhece.
Método é divido em 3 etapas e é questionado por especialistas
Após uma avaliação corporal do paciente, o peso que será perdido é estabelecido e, então, o paciente inicia o processo que é divido em três etapas. Na primeira, o objetivo é normalizar as taxas de insulina, diminuir a massa gorda e preservar a massa magra.
A segunda fase, que Leandro acabou de entrar, é a de manutenção, que é quando o paciente aprende a manter o peso perdido.
A última etapa é a reeducação alimentar, momento em que o paciente é reintegrado a rotina com acompanhamento e reforço dos novos hábitos adquiridos durante o método.
Durval Ribas Filho, presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), e Maria Edna de Melo, doutora em endocrinologia pela USP e presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade), veem o método com ressalvas. Ainda que os dois concordem que o consumo de gorduras saturadas realmente inflama o hipotálamo, eles acreditam que desinflamar a região não é a salvação para quem sofre de obesidade. "Não dá para generalizar a obesidade, pois ela é uma doença muito complexa e multifatorial. Para alguns pacientes, a regulação do hipotálamo pode resolver, mas para outros não. Não dá para simplificar e criar uma receita de bolo para todo mundo", opina Maria Edna.
O presidente da Abran, por sua vez, questionou os suplementos padronizados do método. "É preciso pedir exames laboratoriais específicos para saber se o paciente tem alguma deficiência ou não. O excesso de minerais ou vitaminas tem ação oxidativa, favorecendo o aparecimento de doenças crônicas degenerativas", explica Filho.
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