Mãe posta foto de bebê com psoríase para conscientizar sobre doença
Cansada de ver as pessoas se afastando de sua filha, Ashley Nagy, 29, postou uma série de fotos de Charlie, de um ano e cinco meses, para conscientizar a população sobre uma doença que não tem cura, mas que tampouco é transmissível: a psoríase.
Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”, Ashley contou que os pais afastam as crianças de Charlie no parquinho e também acusam ela e o marido Andrew, 32, de ter deixado a menina se queimar no sol.
“As pessoas são muito cruéis. Quando levamos Charlie ao parque, as crianças são proibidas de brincar com ela, pois os pais acham que a doença é contagiosa. Quando isso acontece, eu pego a minha filha e dou vários beijos nela para mostrar que não é transmissível. Também já tivemos que ouvir que nós somos pais ruins por deixar ela com queimaduras do sol”, conta Ashley, que costuma ignorar esse tipo de comentário.
A garota foi diagnosticada com psoríase aos quatro meses depois que pintinhas vermelhas começaram a aparecer pelo seu corpo e, com o tempo, viraram feridas. A doença afeta mais de 125 milhões de pessoas no mundo e as erupções podem se potencializar por conta do estresse e de intolerâncias alimentares.
Os pais da garota se recusam a esconder a doença da filha. “Não coloco roupas compridas nela, ela usa shorts e não tenho vergonha disso. Ando com orgulho, pois sei que ela é linda. Ainda que ela tenha psoríase, isso não define a personalidade dela, que é divertida e meiga”, conta.
Os primeiros sintomas da doença apareceram quando Charlie tinha dois meses e os médicos acreditam que ela é uma das pacientes mais novas com a doença.
“Quando estávamos no hospital, médicos e enfermeiras vinham correndo para vê-la, por ser raro caso de psoríase nessa idade. Foi aí que resolvi chama-la de ‘bebê unicórnio’ e me refiro as descamações, como ‘pontinhos de unicórnio por ela ser rara e especial. Preferi comparar ela a um ser mitológico para tornar a doença menos intimidadora conforme ela crescer e até aprender a amar sua pele”, conta.
Para combater a coceira e a dor das feridas que surgem dos pés a cabeça, os pais de Charlie adotaram uma dieta sem glúten e sem lactose, além de ter uma rotina de cuidados na hora do banho.
“De noite, nós passamos óleos essenciais na pele dela e, de vez em quando, aveia e produtos especiais para quem tem a doença. Também hidratamos a pele com cremes orgânicos. Para finalizar, deixamos ela com uma camiseta grande para que a pele absorva os ingredientes e também para prevenir feridas por fricção, que as roupas mais apertadas causam”, diz.
Para ajudar a arcar com os gastos de hospitais, tratamentos e visitas ao médico, Ashley fez um financiamento coletivo. “É difícil conseguir que o convênio pague todos os custos integralmente, pois eles nunca viram um caso de psoríase em uma criança tão pequena”, fala.
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