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Poluição chegou ao seu prato: sal marinho está contaminado com plástico

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Imagem: iStock

Do UOL

11/09/2017 09h29

O sal marinho do mundo está contaminado pela poluição do plástico, segundo um novo estudo divulgado exclusivamente pelo jornal britânico “The Guardian”. A notícia comprova o medo que os especialistas tinham de que o microplástico está se tornando onipresente no meio ambiente e encontrando seu jeito de chegar à cadeia alimentar por meio do sal.

Na semana passada, uma pesquisa também revelou que fibras de plástico invisíveis estão presentes não apenas nos oceanos, mas também na água potável usada por milhões de pessoas.

Os cientistas acreditam que a maioria da contaminação ocorre devido ao desperdício de plástico por meio de garrafas e roupas. Mais de 12.7 milhões de toneladas de plástico são despejadas no oceano todo ano, o equivalente a um caminhão de lixo cheio do material por minuto. “O plástico está no ar, na água, nos frutos do mar que nós comemos, na bebida, no sal que usamos --ele está por toda parte”, disse Sherri Mason, professora da Universidade Estadual de Nova York, que liderou a última pesquisa sobre a contaminação do sal pelo plástico.

Junto com outros cientistas, Sherri examinou o microplástico no sal, nas bebidas e na água potável. A pesquisa observou 12 diferentes tipos de sais (incluindo 10 marinhos) comprados em lojas ao redor do mundo.

O resultado mostrou que os americanos podem estar ingerindo 660 partículas de plástico por ano. O aceitável é 2,3 gramas de sal por dia. Entretanto, o consumo estimado é bem maior.

O impacto da ingestão de plástico na saúde não é conhecido. Cientistas estão lutando para pesquisar o impacto do material no corpo humano, mas não conseguem encontrar um grupo de humanos que não foi exposto.

Segundo Sherri, as pessoas devem ficar assustadas com a notícia. “Eu espero que isso não faça apenas os consumidores trocarem de marcas de sal, mas que mude a forma em que pensamos sobre o lixo”, disse ao Guardian. “Temos que focar no caminho que esse material faz e em sua penetração na sociedade e descobrir outros materiais para substituí-lo.”