Mulher pensava que volume no queixo era cravo, mas descobriu câncer de pele
Uma simples visita ao dermatologista mudou completamente a vida de Kari Cummins, 35. A britânica, que passou pelo menos dez anos de sua vida fazendo bronzeamento artificial, estava apenas indo a uma consulta de rotina, para saber se estava tudo bem com a saúde da sua pele. Mas a dermatologista descobriu que Kari tinha um tipo bem comum de câncer de pele. O único sintoma, no entanto, era um pequeno volume no queixo, que Kari pensava ser um cravo.
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“Eu sempre tive uma pele clara, então achei incomum aquele ponto”, disse ao site “Metro”. “Eu pensei que era um cravo ou um tipo estranho de acne de adulto, porque nunca tinha visto algo assim.”
Após diversos exames, o volume era na verdade um carcinoma de células escamosas da pele, uma forma de câncer que se desenvolve na camada exterior da pele. “Ele é o segundo tipo de câncer de pele mais comum”, diz Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Mas é um dos mais difíceis de identificar, porque pode se manifestar de diversas formas, como bolinhas vermelhas, feridas, cascas duras na pele ou até mesmo simular um cravo ou cisto.”
Tratamento pode incluir cirurgia pequena ou até quimioterapia
Kari removeu o tumor e ficou com um buraco no queixo que precisou de 35 pontos para ser fechado. “Se eu não tivesse removido agora, ele poderia ter crescido e afetado camadas mais internas do tecido, se espalhando para o corpo”, disse a britânica.
O tratamento, como o de qualquer câncer, depende de quão avançada a doença está. “Pode ser um tratamento simples como uma cauterização ou cirurgia pequena, porém estágios mais avançados requerem cirurgias mutilantes, radioterapia ou até mesmo quimioterapia”, diz Lamunier. “Há também casos em que não há chance de cura, então o tratamento visa aliviar os sintomas e promover conforto.”
Bronzeamento artificial é uma das causas do câncer de pele
Kari fazia bronzeamento artificial desde os 20 anos, mas esse pode não ter sido o único causador da doença. Segundo Claudio Wulkan, dermatologista do Hospital Albert Einstein, as câmaras alteram o DNA das células da pele, podendo causar câncer. “Mas a luz do sol emana a radiação mais responsável pelo câncer. Normalmente pagamos o preço do sol décadas depois da exposição”, diz Wulkan.
“Devemos suspeitar sempre de câncer quando algo está fora do comum: a lesão que não cicatriza, a bolinha que sangra, as lesões que crescem ou doem”, diz o dermatologista. “A prevenção é feita principalmente com o uso de protetor solar diariamente e evitando queimaduras solares.”
Depois da alta, Kari ficou uma cicatriz que a lembra frequentemente de se cuidar: “Agora eu posso compartilhar minha história, na esperança de alertar os outros da importância de cuidar da pele.”
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