Câncer de Mister M reacende a importância de realizar o exame de próstata
O Mister M, mágico que fez bastante sucesso na TV brasileira, reapareceu nas televisões para pedir ajuda enquanto enfrenta um câncer terminal na próstata. O artista norte-americano de 61 anos, que fez sucesso no "Fantástico", foi alertado pelos médicos que teria somente mais um ano de vida e precisa de R$ 45 mil para fazer uma cirurgia e comprar medicamentos.
A história do Mister M relembra a importância de fazer os exames de câncer de próstata --que muitas vezes os homens evitam por receio-- e identificar a doença no início, quando as chances de cura são maiores. Os testes são de extrema importância, pois este câncer não produz sintomas nas fases iniciais.
A realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, uma vez que o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.
Quais são os exames?
É possível fazer exame de sangue para identificar o câncer de próstata. Ele é feito para conferir os níveis de PSA (uma proteína específica produzida pelas células da próstata), caso anormalidades surjam.
A proteína é encontrada em maiores quantidades no sêmen, mas também está presente no sangue do homem. A taxa considerada comum pelos médicos é de quatro nanogramas por mililitro. Quando há um aumento do nível os médicos desconfiam de câncer e podem sugerir a repetição do exame e a realização de uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.
Outro exame para detectar alterações na próstata é o exame de toque retal. O exame dura cerca de 15 segundos e facilita a descoberta de anomalias na glândula.
Vale lembrar que um exame não substitui o outro e, em alguns casos, mesmo com a taxa normal de PSA, o paciente é diagnosticado com câncer, por isso, fazer o exame de toque uma vez por ano é muito importante.
Se der positivo, qual o próximo passo?
Ao planejar o tratamento dos casos de câncer da próstata que exigem alguma forma de ação terapêutica, os especialistas levam em conta a extensão da doença, a agressividade das células tumorais e as condições gerais do paciente.
As respostas médicas podem variar entre o uso de hormônios, radioterapia, cirurgias pequenas ou radicais e remoção dos testículos.
O câncer de próstata é comum e tem grande chance de cura
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) indicam que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens – seguido pelo câncer de pele não melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total.
A doença é frequente, mas também é um dos cânceres com mais chance de cura, principalmente em casos detectados precocemente.
Em um linguajar mais simples, uma pesquisa americana explicou que, entre os casos de câncer da próstata descobertos em exames preventivos, 15% são tumores do tipo indolente, verdadeiros traques (estalinhos) de São João; 60% são doenças agressivas, mas curáveis se diagnosticadas a tempo; 25% já são avançados, mísseis nucleares desgovernados.
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