HIV é o vírus que ataca o sistema imunológico e causa a Aids
O HIV ainda traz grande preocupação ao Brasil. Para a médica Ruth Khalili, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), adolescentes e jovens adultos parecem estar menos preocupada com os riscos do vírus.
"É necessário dar atenção especial em relação ao real número de casos deve ser dirigida às populações que não se testam ou que se testam menos. Existe uma verdadeira epidemia que ainda está desconhecida", afirmou.
A médica também alerta que, hoje, o mais correto é usar o termo "pessoas em maior risco" em vez de "grupo de risco" quando falamos de HIV.
"A aquisição do HIV está relacionada a comportamentos de risco diretos, tais como as relações sexuais desprotegidas e o uso de drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas e seringas, e a comportamentos de riscos indiretos, como o uso excessivo de álcool e drogas inaladas", disse.
O que é o HIV?
O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que ataca o sistema imunológico e causa a Aids. O HIV ataca principalmente os linfócitos T CD4+, alteram o DNA dessa célula e produz cópias de si mesmo.
É sempre importante deixar claro que ter o vírus HIV não é o mesmo que ter Aids. Muitas pessoas infectadas passam anos sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus por meio de relações sexuais, compartilhamento de seringas ou pela amamentação.
Quais são os sintomas da Aids?
Quando ocorre a infecção pelo vírus, o sistema imunológico começa a ser atacado. O tempo até o surgimento dos primeiros sinais da doença varia de três a seis semanas. O organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV.
- Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar.
- Depois desta primeira fase, podem se passar vários anos sem sintoma algum.
- Então, o organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns e o sistema imunológico fica fraco.
Como é o tratamento?
O nosso cenário para tratamento do HIV evoluiu muito e para melhor. Hoje, o tratamento é feito com, no mínimo, três medicamentos diferentes, que atuam em diferentes "engrenagens" do vírus impedindo a sua replicação. Segundo Khalili, quem usa os medicamentos de forma correta, não desenvolve as doenças relacionadas à Aids, ou seja, aquelas que aparecem quando se tem o comprometimento da defesa celular.
"No esquema inicial de tratamento, é recomendado o Tenofovir 300 mg com Lamivudina 300mg, ambos em 1 só comprimido, junto com o Dolutegravir 50mg, 1 comprimido. Ou seja, hoje com 2 comprimidos por dia, tratamos o HIV", explicou. "Caso o paciente tenha impedimento para usar alguma dessas medicações, temos outras disponíveis, como o Abacavir, o Atazanavir ou Darunavir com Ritonavir, Raltegravir, e outras, que só podem ser prescritas pelo médico."
Hoje em dia, o paciente que toma remédios de forma adequada, ou seja, não perde doses e toma nos intervalos certos, seguirá em acompanhamento médico com 2 consultas no ano e exames de sangue e urina 1 a 2 vezes no ano. 91% destes apresentam supressão do vírus, ou seja não o transmitem. Outros exames podem ser solicitados de forma individualizada. A sobrevida paciente já supera 25 anos.
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