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Conheça a "WhatsAppinite", síndrome causada pelo uso excessivo do celular

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Do VivaBem

03/12/2017 11h03

O brasileiro passa, em média, 3h14 por dia conectado com o celular, segundo uma pesquisa realizada pela Millward Brown Brasil e NetQuest em 2016. Não por acaso, uma onda de lesões por esforço excessivo também cresceu nos consultórios médicos, causando uma síndrome chamada de “WhatsAppinite”.

Criado em 2014, em um estudo publicado no periódico The Lancet, o nome pode parecer estranho, mas mostra a relação que o uso exagerado do celular pode causar no corpo. “Ele aumenta o risco de desenvolver quadros de tendinite, tenossinovite e osteoartrite nos dedos, mãos e punhos”, diz Antonio Carlos da Costa, diretor da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão) e chefe do Grupo de Cirurgia de Mão e Microcirurgia da Santa Casa de São Paulo.

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De acordo com o médico, a primeira complicação que o excesso de digitação pode causar é a mialgia, uma dor nos músculos das mãos. Depois, ela pode evoluir para uma artrite, inflamação da articulação do polegar, e por último uma tendinite, que é a inflamação dos tendões do polegar.

“A repetição dos movimentos sobrecarrega o tendão que flexiona e estende o polegar, causando uma inflamação que leva à dor e ao inchaço”, explica Costa. “Se a tendinite não for tratada e, claro, se a pessoa não reduzir o uso do celular, a inflamação pode danificar os tendões e as articulações não só dos dedos mas também da mão e do punho”, alerta ele. 

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Quanto mais precoce o contato com o celular, mais cedo ocorrerão os problemas nas mãos
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Jovens e crianças são mais vulneráveis

Uma das preocupações do especialista é o acesso precoce aos gadgets. "Muitos pais entregam o celular ou o tablet ao filho e usam os dispositivos como babá eletrônica. Mas quanto mais precoce esse contato, mais cedo ocorrem os problemas nas mãos", diz Costa. 

O foco não é proibir o uso, mas estimular uma relação mais saudável entre a tecnologia e a "vida real". “O segredo é equilibrar o uso dos eletrônicos com outras atividades, como ler, ir ao cinema, fazer ioga, nadar. Basta usar o bom senso e equilibrar o celular com outras rotinas”, sugere o médico.

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