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Por que acumulamos gordura na barriga na menopausa?

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Carol Salles

Colaboração para o VivaBem

08/12/2017 04h00

O corpo feminino, quando entra na menopausa --diagnosticada após um período de 12 meses sem menstruação--, passa por muitas transformações e boa parte delas é causada por alterações hormonais.

Os ovários, que antes eram o principal gerador de estrogênio, o hormônio feminino, deixam de funcionar. Com isso, há uma queda acentuada na formação dessa substância. Já a produção de testosterona, o hormônio masculino (que também é produzido normalmente por mulheres, mas em pouca quantidade), não decai de maneira exacerbada. Por isso, proporcionalmente, passa a ter sua importância acentuada.

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Essas alterações hormonais trazem mudanças importantes na constituição física feminina e a distribuição de gordura no corpo passa a obedecer um padrão masculino, acumulando-se na barriga e não mais nos quadris, no bumbum, nas coxas e mamas. É por isso que o corpo de uma mulher na menopausa assume formas típicas masculinas, com pernas finas e barrigas redondas e avantajadas.

A má notícia é que essa gordura abdominal é perigosa. Ela pode se acumular entre as vísceras e causar uma série de doenças, como o diabetes tipo 2, complicações cardíacas e até câncer.

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A melhor estratégia é se preparar com uma alimentação saudável e exercícios físicos regulares
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Tem solução?

Os hormônios, no entanto, não são os únicos culpados pela barriguinha da menopausa. O metabolismo naturalmente mais lento, aliado ao sedentarismo e à má alimentação também são fatores-chave para que esse acúmulo aconteça. Além disso, há casos de mulheres que ficam deprimidas ou ansiosas nessa fase e acabam comendo mais, às vezes até sem perceber.

A melhor estratégia é se preparar: procure chegar à época do climatério (período que antecede a menopausa, por volta dos 47 anos, em média) em boa forma e manter-se assim pelos anos seguintes. Se já passou pela menopausa, é preciso adquirir uma rotina de exercícios físicos por pelo menos 30 minutos, três vezes por semana e em ritmo moderado a intenso. Cuide da alimentação, evitando gorduras saturadas, carboidratos simples e açúcares.

A reposição hormonal acaba ajudando também, no entanto, para um abdômen avantajado, não é indicada como solução. A terapia tem como propósito amenizar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e insônia, e não fazer perder barriga.

Fontes: Maria Celeste Osório Wender, presidente da comissão de Climatério da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); José Maria Soares Junior, professor associado do setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Faculdade de Medicina da USP; Lúcia Costa Paiva, ginecologista responsável pelo Ambulatório de Menopausa da Unicamp.

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