Ter um cachorro quando bebê diminuiria chance de criança desenvolver asma
Sabe o seu mascote fofinho? Ele pode dar bem mais do que afeto para você. Isso porque um estudo feito com 20 mil crianças descobriu que ter um cão de estimação antes dos três anos ajudaria a reduzir em 40% as chances da pessoa desenvolver asma até a fase adulta, descobriram os pesquisadores do Imperial College London.
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Líder do estudo, a doutoranda Silvia Colicino acredita que isso acontece porque os cães são mais "sujos" do que os gatos, por exemplo, o que faz com que exponham as crianças a essas bactérias logo no início da vida, o que estimula o sistema imunológico e aumenta a produção de anticorpos que protegem contra alergias.
Sujeira do bem
A descoberta reforça a teoria de que a obsessão moderna com a limpeza levou um boom em alergias e problemas de saúde. De acordo com a "hipótese de higiene", a exposição a uma variedade de bactérias é necessária para desenvolver o sistema imunológico logo no início da vida.
Colicino, que apresentou suas descobertas na reunião de inverno da British Thoracic Society em Londres, disse acreditar que as crianças em idade pré-escolar que vivem em um ambiente "sujo", e com um alto nível de bactérias, são menos propensas a desenvolverem alergias. E o contato precoce dos pequenos com cães - até dois ou três anos, mas especialmente no primeiro ano de vida-- parece proteger contra a asma.
Como foi
O grupo de pesquisa rastreou crianças nas cidades inglesas de Manchester, Bristol, Kent, Ilha de Wight e Aberdeen. Com esses dados, os cientistas fizeram uma ferramenta para prever com 80% de precisão quais crianças eram mais propensas a desenvolverem a doença até os 20 anos de idade.
"Por exemplo, uma criança com sintomas de chiado no peito e eczema ainda na primeira infância possui mais de 75% de chances de desenvolver asma até a fase adulta, quando comparado com uma criança com chiado, mas sem eczema na idade pré-escolar", explica. A alergia a ácaro também foi associada a um aumento no risco de asma na vida.
Colicino, que trabalhou com especialistas das universidades de Southampton, Bristol e Manchester, espera publicar os resultados completos no próximo ano. Ela diz que ainda é necessário analisar melhor as razões para tal resultado.
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