Compostos de veneno de cobra e tipo de planta combatem vírus de hepatite C
Substâncias encontradas no veneno de uma espécie de cascavel e em uma planta conhecida como amendoim-bravo têm ação contra vírus da hepatite C, segundo dois novos estudos realizados por cientistas brasileiros e publicados nos periódicos PLOS ONE e Nature.
No primeiro experimento, feito com culturas de células humanas, os pesquisadores testaram a ação antiviral das proteínas fosfolipase A2 e a crotapotina, além de um complexo proteico chamado crotoxina, todos encontrados no veneno da serpente.
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O trabalho demonstrou que a fosfolipase inibe a produção de novas partículas virais em 86% e verificou que os compostos conseguiram bloquear a entrada do vírus nas células (a fosfolipase inibiu em 97% e a crotoxina reduziu a infecção viral em 85%). Por fim, a crotapotina agiu em outro estágio do ciclo viral, reduzindo em até 78% a saída das novas partículas virais das células.
Já no caso dos compostos presentes na planta amendoim-bravo, os flavonoides sorbifolina e pedalitina também bloquearam a entrada do vírus nas células em 45% e 79%, respectivamente.
Hepatite C é a principal doença responsável por transplantes de fígado
Realizados por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade de São Paulo (USP), ambos os estudos apresentam resultados promissores no combate ao vírus da hepatite C.
No Brasil, a doença é a maior responsável por casos de cirrose hepática e pelos transplantes de fígado, de acordo com o Ministério da Saúde. Em São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, cerca de 40% dos transplantes de fígado ocorrem em pacientes portadores de vírus da hepatite C.
As terapias disponíveis para o tratamento de pessoas com a doença são caros, apresentam efeitos colaterais e resistência viral. Por esse motivo, estudos para o desenvolvimento de terapias antivirais mais eficientes são necessários.
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