Espremer espinha pode provocar infecção grave; veja o que não fazer
Izabella Camargo, apresentadora da previsão do tempo na TV Globo, teve uma infecção de pele depois de espremer uma espinha. "Inchou, inflamou, comecei a sentir febre e fui orientada pela médica a nunca mais mexer perto de gânglios. As bactérias podem cair no sistema linfático e as consequências podem ser mais graves", explicou ela em um post no Instagram.
De acordo com os especialistas ouvidos pelo VivaBem, mexer em uma lesão sem os devidos cuidados de higiene pode favorecer a penetração de bactérias. Ou seja, uma simples espinha pode se transformar em celulite facial, que é uma infecção profunda do tecido cutâneo.
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Essa infecção deixa o local vermelho, inchado e dolorido, além de causar febre. Se não for tratada da maneira correta, a celulite facial pode levar a doenças, como meningite e trombose, já que a face tem comunicação direta com o sistema nervoso central.
Em casos mais graves, as bactérias caem na corrente sanguínea, causando a sepse, infecção generalizada que mata, por ano, 230 mil pacientes adultos nas UTIs, segundo levantamento de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Instituto Latino Americano de Sepse. A estimativa é de que 55,7% dos pacientes internados com sepse vão a óbito.
Além de todos os riscos mencionados, o péssimo hábito de cutucar espinhas pode machucar o rosto e deixar a inflamação ainda maior, sem contar que, em alguns casos, ainda deixa cicatrizes. Por isso, a dica é sempre consultar um dermatologista e seguir um tratamento para o controle de acne.
Fontes: Andréa Rosato, dermatologista e gerente médica da Biolab Sanus Farmacêutica; Isabela Poffo, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein; Meire Brasil Parada, médica da Universidade Federal de São Paulo e Valéria Stagi, dermatologista do Hospital Oeste D’Or, consultados em matéria do dia 19/12/2017.
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