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Saúde mental: compostos derivados da uva podem ser úteis contra a depressão

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Imagem: iStock

Do VIvaBem, em São Paulo

05/02/2018 19h11

Cientistas da Icahn School of Medicine Monte Sinai, Nova York (EUA), publicaram uma extensa análise de novos compostos derivados de uva, chamados ácido dihidrocaffeico (DHCA) e malvidina-3'-O-glucósido (Mal -gluc), que podem funcionar como agentes terapêuticos no tratamento da depressão. Os resultados do estudo indicam que ambos podem atenuar a depressão ao agir em mecanismos subjacentes recentemente descobertos da doença.

Trabalhos anteriores relatam que os polifenóis, compostos derivados da uva, possuem alguma eficácia em aspectos moduladores da depressão, mas os mecanismos que faziam isso eram desconhecidos parcialmente até o momento. No novo estudo, liderado por Giulio Maria Pasinetti e equipe, descobriu-se que uma preparação de polifenóis alimentares bioativos foi eficaz na promoção da resiliência contra a depressão induzida pelo estresse. O teste foi feito em camundongos.

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De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a cada ano cerca de 16 milhões de pessoas têm um grande episódio depressivo no país. Os antidepressivos disponíveis no mercado são feitos para direcionar os sistemas que regulam a serotonina, a dopamina e outros neurotransmissores relacionados, mas não tratam especificamente da inflamação e desadaptações sinápticas que agora são conhecidas como associadas a doença.

"Nossa pesquisa mostra que o tratamento combinado com os dois compostos pode promover a resiliência contra fenômenos de depressão causados pelo estresse, oferecendo respostas inflamatórias sistêmicas e plasticidade sináptica cerebral ratos", explicou Jun Wang, PhD, professor associado do Departamento de Neurologia e primeiro autor do trabalho ao Eurekalert.

Mecanismos alternativos

O estudo Mount Sinai fornece, pela primeira vez, novas evidências pré-clínicas que apoiam o direcionamento de múltiplos mecanismos de doenças chave através da modificação epigenética do DNA funcionaria para o tratamento de pessoas com a doença.

"A descoberta destes novos e naturais compostos de polifenóis derivados da uva direcionados para caminhos celulares e moleculares associados à inflamação podem fornecer uma maneira eficaz de tratar depressão e ansiedade, condições que afetam tantas pessoas", disse o Dr. Pasinetti.

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