Doença do beijo, herpes, sapinho: como evitar esses problemas no Carnaval
Os bloquinhos de Carnaval estão bombando, o que aumenta as chances de rolarem muitos beijos na boca, não é mesmo? Que ótimo! Mas, calma lá. Junto com a folia também chega uma poderosa temporada de contágio oral. Para não ter medo e se divertir, separamos algumas doenças transmitidas em um inocente beijo na boca e o que fazer para diminuir seus riscos de contágio.
Perigos mais comuns
1 - Mononucleose
A mononucleose, apelidada de doença do beijo, é causada pelo vírus Epstein-Barr, que se aloja na região da amígdala. Geralmente aparece em jovens de 15 a 25 anos. E uma vez que você já pegou, não pega de novo.
Os principais sintomas podem ser confundidos com os de uma virose qualquer: febre alta, dor de garganta, de cabeça, musculares e ínguas, segundo a infectologista Eliane Iokote, da Beneficiência Portuguesa. Também pode aparecer vermelhidão pelo corpo.
A má notícia é que a mononucleose não é uma doença que dura apenas dois ou três dias. Às vezes, você pode sentir os sintomas por até três semanas e ficar "derrubado", precisando descansar.
"O vírus também se aloja em algumas células do fígado e do baço, um órgão frágil. Se a pessoa melhora um pouco e já quer pular, pode romper o baço", alerta Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde. Apesar de o rompimento ser raro, é indicado ficar 15 dias de repouso.
São usados remédios que combatem os sintomas. Ou seja, se o paciente está com dor no corpo, tomará um analgésico, e assim por diante.
Diminuir a quantidade de pessoas que você beija é mesmo a melhor maneira de terminar o Carnaval sem ficar contaminado já que o vírus pode ser transmitido mesmo após um ano do contágio.
2 - Sapinho
A doença com nome simpático trata-se de uma micose. "É causada por um fungo chamado Candida albicans. Ela vive na pele e em mucosas, alimentando-se de substâncias encontradas no corpo, sem provocar nenhum tipo de dano'', explica o cirurgião-dentista Diego Borrajo.
Porém, quando o nosso sistema de defesa apresenta algum tipo de falha, os fungos conseguem se reproduzir com maior facilidade, provocando uma variedade de lesões. Aparecem inúmeros pontos brancos, escamosos, semelhantes a pedaços de queijo, que cobrem a língua, as gengivas, a parte interna das bochechas e, às vezes, os lábios.
Os remédios indicados são, na maioria, antifúngicos.
Para poupar incômodos, é bom não beijar se você tiver feridas nos lábios, aftas ou sangramento nas gengivas. Motivo: machucados são porta de entrada para essa e outras doenças.
3 - Herpes
A boa notícia é que a herpes pode ter seus sintomas visíveis. A pessoa geralmente apresenta bolhas pequenas e doloridas na região dos lábios. Se notar que a boca do possível parceiro está assim, dê um perdido nele e busque outra pessoa para beijar na folia.
E a maioria de nós já entrou em contato com o vírus. "Mais de 96% das pessoas têm sorologia positiva para herpes. No entanto, não se sabe por qual razão às vezes ele se manifesta em algumas pessoas e não em outras", diz Ricardo Cantarim Inacio, infectologista do Hospital Santa Cruz.
A transmissão pode ocorrer mesmo quando o portador não possui lesão aparente e certas situações geram reações no organismo que permitem a reativação do vírus. "Entre elas estão tomar muito sol, a menstruação —devido aos ciclos hormonais— e o estresse", afirma Granato.
O tratamento é simples: uma pomada ou um comprimido receitado pelo médico, que faz o diagnóstico clinicamente.
As fontes Eliane Iokote, infectologista da Beneficiência Portuguesa, Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde, e Ricardo Cantarim Inacio, infectologista do Hospital Santa Cruz, foram consultadas para reportagem Vai beijar muito no Carnaval? Veja os riscos para a sua saúde, publicada no dia 30 de janeiro de 2015.
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