Antibiótico considerado pouco eficaz em 1940 pode combater superbactérias
No início do desenvolvimento dos antibióticos, em meados do século 20, muitos compostos químicos com propriedades antibacterianas foram estudados, mas apenas uma pequena parte deles foi selecionada para o desenvolvimento de remédios eficazes.
Com o aparecimento das “superbactérias” resistentes a medicamentos, cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, voltaram a analisar substâncias previamente descartadas, para ver se alguma poderia ajudar a criar um antibiótico contra esses microrganismos potentes --e eles já acharam um possível candidato.
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Os cientistas britânicos descobriram que um composto identificado na década de 1940 tem potencial para se tornar um medicamento contra infecções. A substância, da família conhecida como actinorodinas, foi inicialmente identificada como tendo propriedades antibióticas fracas. Por isso, seus estudos não continuaram para o desenvolvimento de uma droga.
Alex O'Neill, do Centro de Pesquisa Antimicrobiana da universidade e um dos autores do estudo, disse que, na época, os cientistas não diferenciavam individualmente os compostos dentro da família, levando a uma imagem menos precisa de suas propriedades.
No estudo mais recente, a equipe de cientistas dividiu as famílias e avaliou o potencial de cada substância, para entender como ela funciona contra bactérias.
O “novo” composto exibe uma potente atividade antibacteriana contra dois representantes importantes da classe de bactérias que desenvolveram uma capacidade brutal de escapar da ação das drogas já existentes.
O'Neill e Chris Rayner, da Faculdade de Química da universidade, publicaram suas descobertas na revista Scientific Reports e acreditam que o antibiótico merece grande consideração como base para uma nova droga, capaz de combater certos tipos de infecções.
"Estamos mostrando o valor da revisão de compostos anteriormente colocados na parte de trás da prateleira. Entre os 3.000 antibióticos descobertos até a data, apenas um punhado foi introduzido no uso clínico”, disse O’Neill. Segundo ele, pode haver uma grande quantidade de compostos por aí com potencial inexplorado.
"No momento, os microrganismos estão superando os cientistas, e não podemos permitir que isso continue”, disse o pesquisador. “Esta nova abordagem pode abrir caminho para novas drogas que salvarão vidas."
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