Dormir apenas 4 ou 5 horas por noite e ficar bem é normal? Depende!
Todo mundo conhece alguém que dorme menos do que as oito horas recomendadas por noite e, ainda assim, se sente bem pelo resto do dia. Antes que você considere esse indivíduo um insone, saiba que, por mais que a ciência recomende um horário estimado de repouso por dia, cada pessoa tem o seu relógio biológico e precisa de uma quantidade de sono específica.
A ciência indica oito horas de sono porque, em média, a maioria das pessoas descansa de fato após sete horas e meia ou oito horas e meia de sono. Mas também existem os extremos da curva, quem dorme quatro horas ou mais de 12 horas (sim, é normal).
Enquanto isso, quem geneticamente precisa de apenas 4 horas de sono por dia, geralmente se considera insone. No entanto, o que conta é se a pessoa se sente bem no dia seguinte.
Vale ficar atento se você sente sua atenção alterada, tem problemas de memória e acorda cansado, ou você dormiu demais ou de menos ou tem alguma doença do sono.
Você só deve se preocupar se tiver esses sintomas com frequência, pois nesse caso pode ser que haja uma privação crônica de sono.
É possível se acostumar a acordar cedo?
Apesar de cada um ter o tempo necessário de sono, o ser humano consegue "manipular a genética". Afinal, por mais que você precise dormir 12 horas por dia, você também precisa acordar cedo para ir trabalhar.
Por isso, se a pessoa tiver que acordar mais cedo, o ideal é que no começo ela vá para a cama mais cedo, respeitando sua quantidade de sono, até seu corpo se readaptar.
Se essa fase for muito complicada, é recomendado o uso de melatonina, hormônio que estimula o sono e ajuda o indivíduo a dormir mais cedo.
A luminosidade e o estímulo sonoro tem um papel importante nesse período de mudança, já que esses fatores externos colaboram ou não nesta alteração do relógio biológico. Portanto, se quiser acostumar o organismo a acordar cedo, é importante evitar o barulho e a luz.
E não pense que cochilos durante o dia ou dormir o fim de semana inteiro ajuda. O sono não é cumulativo, você não consegue compensá-lo.
Fontes: Lucila Bizari Fernandes do Prado, responsável pelo Laboratório de Neurofisiologia Clínica e Pesquisa Neuro-Sono; Emerson Thomazzi, otorrinolaringologista e especialista de sono
*Com informações da matéria de fevereiro de 2018
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