O câncer no ovário não começa no ovário, e sim nas trompas de Falópio
Por mais fora da lógica que soe, pesquisadores descobriram que o câncer de ovário não começa no próprio ovário e sim nas trompas de Falópio. O fato foi evidenciado por dois estudos recentes e deu esperança para o desenvolvimento de melhores métodos de detecção e prevenção do problema.
A notícia é otimista, uma vez que o próprio INCA (Instituto Nacional de Câncer) afirma que o câncer de ovário é um tumor muito difícil de identificar e tem poucas chances de cura. Segundo o instituto, cerca de três quartos dos cânceres de ovário só são diagnosticados em estágio avançado.
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“Antes de 2006 ninguém havia examinado completamente as trompas de Falópio. Então, os pesquisadores acabavam se enrolando para dizer qual era o percursor do câncer no ovário”, disse Ron Drapkin, ginecologista da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e autora de um dos estudos, em entrevista ao Daily Mail.
O primeiro trabalho analisou as relações entre tumores em cinco pacientes, isolando lesões precursoras precoces em 37 amostras. Os cientistas usaram técnicas de perfil genético para procurar mudanças no DNA e padrões entre as amostras e pacientes.
“Nós notamos que o câncer de ovário começa na trompa de Falópio e ainda conseguimos evidências genômicas para apoiar a tese”, completou Drapkin.
Existe a possibilidade de que um pequeno número de casos se inicie em outro local, mas não houve evidência concreta de onde isso possa acontecer.
A segunda pesquisa, feita no centro de câncer de Nova Iorque, nos EUA, analisou amostras de tecido tumoral de câncer de ovário de 96 mulheres e as comparou com amostras de um grupo saudável. Na conclusão, foi possível ver que as células cancerosas eram mais parecidas com o tecido das trompas do que com o do ovário.
“As descobertas são importantes, abrem possibilidades. Há dois novos métodos de detecção precoce do câncer em andamento que são fortemente baseadas nessas novidades”, explicou Drapkin.
Um deles é baseado em um escopo que viaja para as trompas de Falópio para coletar células para testes. E outro um teste como o papanicolau que pode detectar mudanças vindas das trompas.
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