Pavor de aranhas e cobras? Método pode ajudar "medrosos" a perderem fobia
A aracnofobia e a ofidiofobia atingem pessoas com medo excessivo de aranha ou de cobras, respectivamente. Para lidar com o problema, o mais indicado é procurar um psiquiatra ou um psicólogo. Mas um novo método promete revolucionar o tratamento.
Em um estudo, publicado nesta terça-feira (6) no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, uma equipe de cientistas relatou que agora podem fazer com que as pessoas tenham menos medo de objetos cotidianos de fobia, como cobras e aranhas, manipulando a atividade cerebral.
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Ao usar métodos emprestados da inteligência artificial semelhantes aos algoritmos usados para reconhecer rostos, a equipe conseguiu ler ocorrências espontâneas inconscientes de imagens no cérebro. Ou seja, esses pesquisadores descobriram se o cérebro está "inconscientemente" pensando em uma cobra, com base em imagens adquiridas por ressonância magnética.
Mas você deve se perguntar: como isso pode ajudar quem tem fobia? Os cientistas notaram que, ao darem aos voluntários do estudo uma pequena quantidade de dinheiro sempre que o inconsciente pensava no animal, a cobra ou a aranha se associava a um sentimento positivo, tornando-se, assim, menos assustadoras e desagradáveis.
Claro que mostrar imagens de cobras a quem possuía fobia não foi uma tarefa fácil. Então, os pesquisadores usaram pessoas que não tinham o problema para saber como o cérebro de quem tinha medo funcionava.
"Digamos que você tem medo de cobras. Para decodificar os padrões de sua atividade cerebral, você não precisa necessariamente ver cobras. Eu, como seu substituto, posso ver cobras por você, já que não tenho medo delas. A partir daí, podemos deduzir qual deve ser a resposta do seu cérebro para cobras, com base no meu", explicou Hakwan Lau, um dos autores do estudo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e da Universidade de Hong Kong, na China.
A equipe sente que agora eles podem usar esse novo método em pacientes fóbicos reais. Se o teste for bem-sucedido, eles esperam que isso possa inspirar novos tipos de tratamento, não apenas para a fobia como para uma variedade de doenças psiquiátricas, incluindo transtorno de estresse pós-traumático.
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