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Ômega-6, encontrado em óleos, pode prevenir morte prematura

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Do VivaBem

20/03/2018 12h24

Os ácidos graxos ômega-6, presentes nos óleos de milho, soja, canola e girassol, em nozes e sementes, podem agir como protetores de uma morte prematura, de acordo com um novo estudo. Segundo os cientistas, esses ácidos também evitam doenças cardiovasculares. "Descobrimos que quanto maior o nível de ácido linoleico [uma versão do ômega-6] no sangue, menor o risco de morte prematura", disse Jyrki Virtanen, um dos autores do estudo, ao periódico American Journal of Clinical Nutrition.

A pesquisa, elaborada pela Universidade da Finlândia Oriental, durou 22 anos e observou os níveis de ácidos graxos no sangue de 2.480 homens. No período de análise, 1.143 homens morreram de causas relacionadas a doenças cardiovasculares. Quando os pesquisadores dividiram os participantes em cinco grupos diferentes com base no nível de ácido linoleico do sangue, descobriram que o risco de morte prematura era 43% menor no grupo com o nível mais alto.

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A associação entre o ômega-6 e o risco reduzido de morte prematura é uma descoberta inédita. Mas o estudo confirma os resultados de pesquisas anteriores que relacionaram um maior nível de ácido linoleico no sangue a um menor risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

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Apear de ter efeitos positivos, o ômega-6 também contém ácido araquidônico, associado a processos inflamatórios
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Uma revisão australiana de 20 estudos, englobando dados de quase 40 mil pessoas, já havia concluído que quanto maior o consumo de ácido linoleico, menor o risco de desenvolver diabetes tipo 2, por exemplo. No entanto, esse mesmo estudo mostrou que altos níveis de ácido araquidônico, substância originada a partir do ômega-6, não trariam benefícios, já que foram associados a processos inflamatórios.

O raciocínio por trás dessa especulação é que, no corpo humano, o ácido linoleico é convertido em ácido araquidônico que, por sua vez, é convertido em vários compostos que promovem a inflamação. No entanto, os ácidos graxos ômega-6 também aumentam a produção de compostos anti-inflamatórios e é por isso que os cientistas consideram desafiador determinar quantidades ideais de consumo.

De acordo com os pesquisadores, para evitar os efeitos negativos do ômega-6, é preciso ter uma dieta equilibrada. Já que essa gordura é baseada em óleos vegetais, nozes e sementes, o ideal é a que a pessoa equilibre seu consumo com alimentos menos gordurosos.

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