Pimenta-do-reino gruda no intestino e pode fazer mal à saúde?
A pimenta é um alimento rodeado por dúvidas e boatos. Entre eles está a história de que a pimenta-do-reino seria uma má escolha para a saúde, pois o "pó" não é digerido pelo organismo e fica grudado na parede do intestino para o resto da vida. O que é um grande mito.
O que acontece com a pimenta no corpo
Realmente, o condimento não é 100% absorvido pelo sistema digestivo (como praticamente tudo o que ingerimos). Mas isso não quer dizer que ele vai ficar no seu corpo eternamente. O restante simplesmente é eliminado nas fezes. Portanto, fique tranquilo e saiba que a pimenta-do-reino não faz mal, muito pelo contrário.
Os benefícios para o organismo
A ingestão de pimenta, em geral, é positiva para a saúde. Fonte de vitamina C, o condimento ajuda na absorção de outros alimentos, possui ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana. Devido a essas propriedades, o alimento ajuda a fortalecer seu sistema imunológico, minimizar dores, proteger o corpo de infecções e combater os efeitos nocivos dos radicais livres.
Também é comum ouvir que pimenta possui efeito termogênico e acelera o metabolismo. Isso é verdade, mas não se engane. O aumento no gasto calórico proporcionado pelo condimento --e por qualquer outro alimento com essas propriedades -- é muito pequeno e dificilmente fará você emagrecer.
Alguns devem apreciar com moderação
Estudos estão até mesmo utilizando a pimenta no tratamento de algumas doenças intestinais, como a síndrome do intestino irritável. Porém, pessoas com problemas gástricos, como gastrite ou úlcera, ou ainda com doenças proctológicas, como hemorroidas e fissuras, devem maneirar ou evitar o consumo do alimento. Motivo: ele pode causar desconfortos como a sensação de ardência e queimação.
No caso de hemorroidas e fissuras anais, a pimenta não gera ou agrava o problema. No entanto, a parte do condimento que não é absorvida pelo organismo provoca ardor quando sai nas fezes, intensificando sintomas desagradáveis.
Fontes: Maurício Matos, proctologista da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e chefe do serviço de Coloproctologia do Hospital Barão de Lucena, em Recife (PE); Marisa Coutinho, nutricionista da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Andrea Vieria, professora de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa-São Paulo (FCMSCSP).
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