Para que servem os probióticos, como o kefir e a kombucha?
De uns tempos para cá, a microbiota, conjunto de micro-organismos que mora no intestino, ganhou destaque por conta de sua importância para a saúde. Muito além de regular o trânsito intestinal, esses "hóspedes" ajudam a manter o corpo todo protegido, absorvendo nutrientes e até prevenindo doenças, como o diabetes e a hipertensão.
Mas esses e outros benefícios dependem do equilíbrio entre os micro-organismos, onde devem predominar certos grupos reconhecidamente "do bem", como as bifidobactérias, lactobacilos e muitos outros.
E o jeito mais fácil de colocar bactérias do bem no seu organismo é consumindo os probióticos.
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Para conseguir um, você pode ir ao supermercado ou às farmácias e comprá-los em forma de bebidas, sachês ou cápsulas. Mas a moda é mesmo cultivá-los em casa, como no caso do kefir e do kombucha. Para começar você precisa comprar ou que alguém dê um pouco desses micro-organismos. Aí é só cultivá-los em água, leite ou chá.
A diversidade das bactérias parece ser fundamental para a saúde. Até por isso, é importante tomar outras medidas como uma alimentação balanceada para ter benefícios para a saúde.
Quanto tomar por dia?
“De maneira geral, entre uma e duas porções por dia”, explica Dan Waitzberg, gastroenterologista e professor da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do grupo de estudos GANEP Nutrição Humana. Quando há um objetivo específico, como regular o funcionamento do intestino, o uso é orientado pelo médico ou nutricionista, a partir da investigação dos sintomas de cada um.
Vale ter em mente que algumas bactérias devem ser evitadas por intolerantes à lactose ou pessoas que tomam certos medicamentos. Logo, o ideal é incluir estes produtos na lista de compras depois de ser orientado por um profissional. E ter em mente que, sozinhos, eles não fazem milagre.
“Sem dúvida o probiótico auxilia algumas pessoas e pode fazer parte de uma dieta saudável, mas trata-se de um grupo de bactérias específicas apenas, deve ser associado a outros fatores para tratar ou prevenir doenças”, explica Tomas Navarro, gastroenterologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Entram aí, por exemplo, os prebióticos, a comida preferida desses bichinhos do bem, que nada mais são do que as fibras, presentes em grãos integrais, frutas e verduras. Já o sedentarismo e os cigarros costumam estar associados com uma microbiota que faz mais mal do que bem ao corpo.
Enchendo a geladeira
Nem todo alimento fermentado é um probiótico. Para que mereça esse título, ele deve conter cepas de bactérias vivas e identificar quais são elas no rótulo. Outro ponto de atenção no supermercado é com o teor de açúcar, que pode ser alto em alguns produtos industrializados, como iogurtes.
Já preparos caseiros, como o kefir, colônia de bactérias cultivada à base de água ou leite, e o kombucha, outra bebida fermentada, também contêm probióticos, mas é preciso tomar cuidado com a contaminação e a manutenção do cultivo.
Há ainda os simbióticos, já disponíveis no mercado, que unem os pré e os probióticos. Mas eles, assim como os sachês e cápsulas, devem ser indicados por um profissional e são normalmente usados para tratar desarranjo intestinal, intestino preso ou solto demais, colite e doença inflamatória intestinal.
Colaborou: Juciara Jardim, nutróloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e Clarissa Casale Doimo, nutricionista graduada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
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