O que é melhor para reverter os danos do sedentarismo à saúde: dar 10.000 passos por dia, passar uma hora na academia ou trocar o elevador pela escada? A resposta é que as três táticas são boas. E o melhor é que curtas atividades físicas do dia a dia, como subir degraus ou caminhar até o ponto de ônibus, diminuem o risco de doenças e de morte mesmo quando somadas. É o que revelou um novo estudo publicado no Journal of the American Heart Association.
"Por cerca de 30 anos, as diretrizes sugeriram que a atividade física moderada a vigorosa poderia trazer benefícios para a saúde, mas somente se você mantivesse o exercício por 10 minutos ou mais. E o que acontecia com atividades que não duravam esse período?”, questionou William E. Kraus, professor da Universidade de Duke e principal autor do estudo.
Kraus descobriu que mesmo atividades curtas contam para o tempo de exercício diário recomendado e reduzem os riscos à saúde, desde que a intensidade alcance um nível moderado ou vigoroso. O esforço moderado foi definido como caminhada rápida em um ritmo que dificulta a conversação. Aumentar esse ritmo para uma corrida seria um exercício vigoroso para a maioria das pessoas.
Os resultados do estudo são uma boa notícia para a maioria das pessoas que não consegue ter 30 minutos na agenda para fazer atividade física, mas que realiza movimentos pequenos ao longo do dia.
No trabalho científico, Kraus e pesquisadores do National Cancer Institute analisaram dados de 4.840 pessoas com mais de 40 anos que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição entre 2003 e 2006. Os participantes usaram acelerômetros para quantificar sua atividade física e esforço. Utilizando uma base de dados nacional, os pesquisadores determinaram que 4.140 participantes ainda estavam vivos em 2011.
Os cientistas observaram que um esforço relativamente pequeno já reduzia o risco geral de morte e doenças. E, quanto mais atividades foram feitas, mais benefícios para a saúde.
No estudo, pessoas que faziam menos de 20 minutos de atividade moderada ou vigorosa por dia tiveram maior risco de morte. Já aqueles que faziam atividades que somavam 60 minutos por dia tinham 57% menos risco de morrer.
Os pesquisadores recomendam, pelo menos, 100 minutos de atividade moderada ou vigorosa por dia para reduzir em 76% o risco de morte.
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