Tem que limpar? Como escolher a escova de dente ideal e mais curiosidades

Cerdas duras, médias, macias ou ultramacias. Cabeça redonda, quadrada ou retangular. Cabo liso, emborrachado ou flexível. São tantos os tipos, os modelos e as marcas de escovas de dente nas prateleiras do supermercado, da farmácia e da perfumaria, que a tarefa de escolher qual levar para casa parece cada dia mais difícil.

Pode parecer corriqueiro, afinal, você troca (ou deveria trocar) de escova várias vezes por ano. Porém, o risco de comprar uma versão errada para a sua necessidade é acabar comprometendo a saúde da sua boca.

O melhor profissional para decidir o modelo ideal para cada caso é o cirurgião-dentista. Ele irá avaliar uma série de fatores: se o paciente é criança, adolescente, adulto ou idoso, o tamanho dos dentes, se possui prótese ou implante, se usa aparelho ortodôntico, faz algum tratamento ou se apresenta problemas dentários, por exemplo.

Atualmente, a maioria dos profissionais da área odontológica recomenda escovas com cerdas macias e niveladas. As de cerdas duras tendem a machucar a gengiva e os tecidos dentais, causando desgaste nos dentes e retração gengival.

Os modelos com cabeça retangular e bordas arredondadas, proporcional ao tamanho da boca e dos dentes de quem vai usar, também são preferidos.

Quanto ao material e o formato do cabo, a escolha deve considerar a qualidade e o conforto. A escova deve se ajustar bem à boca e alcançar todos os dentes durante a escovação.

Para crianças, adolescentes e idosos

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Imagem: Thinkstock

Quando se trata de crianças, elas devem usar sempre escovas infantis - normalmente, já são fabricadas com cerdas macias e, na embalagem, trazem a classificação etária.

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No caso de adolescentes, vale apostar nas mais atrativas, para chamar a atenção e estimular o cuidado com a higiene bucal, mas sem abrir mão da qualidade e características técnicas. Outra opção são as que sinalizam, por meio da mudança de coloração das cerdas, quando está na hora de fazer a troca.

Pacientes idosos, assim como pessoas em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, por exemplo, que sensibiliza a mucosa bucal, podem usar as macias ou extramacias.

Quando trocar a escova?

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Imagem: Getty Images

A escova de dente deve ser trocada a cada um mês e meio ou dois, no máximo. Depois disso, as cerdas começam a perder tonicidade e deixam de cumprir sua função, que é remover o biofilme (placa bacteriana) da superfície dos dentes.

Se antes desse período os tufos já estiverem desgastados e desalinhados, a substituição precisa ser antecipada.

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Limpar a escova de dentes é importante

Após a higienização dos dentes, as escovas podem ficar contaminadas por bactérias, vírus e fungos. Esses microrganismos são provenientes da própria cavidade oral ou do ambiente externo, por meio das mãos contaminadas, contato com outras escovas ou por aerossóis do vaso sanitário.

Então, depois de enxaguar a escova com água da torneira para a remoção da pasta de dente e demais resíduos, dê leves batidas para remoção de excesso de água.

Em seguida, é hora de higienizar a escova, o que pode ser feito de três formas:

  • Com antisséptico bucal. Basta borrifar o produto nas cerdas da escova e deixá-lo secar em um local arejado e longe do vaso sanitário.
  • Com água sanitária. Para isso, verifique no rótulo do produto se a concentração de cloro ativo é de 2,5%. Caso positivo, dilua uma colher (sopa) de água sanitária em um litro de água, mergulhe a escova de dente na solução por 10 minutos, enxague em água corrente e deixe-a secar.
  • Com enxaguante bucal à base de digluconato de clorexidina a 0,12%. Nesse caso, utilize um copo limpo e coloque a solução sem diluir. Agite a escova dentro do copo com o produto por 30 segundos, retire o excesso do enxaguante em água corrente e deixe a escova secar.

Essa limpeza química — com água sanitária ou enxaguante de digluconato de clorexidina — deve ser realizada no mínimo uma vez por semana ou após gripes e resfriados. Já a higienização com enxaguante bucal genérico pode ser realizada todos os dias.

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Fontes: Luciana Scaff Vianna, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP); Ivan Munhoz Pasin, professor do curso de odontologia da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas); Gabriela Leitão, dentista do Huol-UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Jacques Maciel, cirurgião-dentista e professor da UFC (Universidade Federal do Ceará); Patricia Izabel Colombo, cirurgiã-dentista e gerente de relacionamento e network da Amil Dental.

*Com informações de reportagem publicada em 12/06/2019 e 22/11/2022

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