Câncer de fígado: tumor causado pelo álcool é mais perigoso que os demais
Um novo estudo, publicado na revista da Sociedade Americana de Câncer, sugere que pacientes com câncer de fígado relacionado ao álcool têm uma sobrevida menor do que pessoas nos quais a doença foi causada por outros motivos, como hepatite, acúmulo de gordura no órgão etc. No caso de quem bebe, o problema é mais fatal principalmente devido à pior função do fígado e a características do tumor no momento do diagnóstico.
No Brasil, o câncer de fígado é o sexto tipo mais letal. De acordo com o INCA, a taxa de mortalidade é de 4,33 pessoas por 100 habitantes. As descobertas apontam que devem ser feitos esforços para melhorar tanto a triagem de sinais precoces da doença quanto o gerenciamento do abuso de álcool.
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Para comparar aspectos do câncer de fígado relacionados ou não ao álcool, a cientista Charlotte Costentin e seus colegas examinaram 894 pacientes com tumor recém-diagnosticado, que foram acompanhados por cinco anos. Desses, 582 (65%) tinham uma história de abuso crônico de álcool e 312 (35%) não. Os pesquisadores também registraram se os pacientes com a doença relacionada ao álcool estavam abstinentes ou não no momento do diagnóstico de câncer.
Um total de 601 pacientes havia morrido no momento da análise final dos pesquisadores. O que se descobriu é que cânceres de fígado relacionados ao álcool eram mais propensos a serem difusos e foram detectados em pacientes com pior função do órgão. A sobrevida global mediana foi de 9,7 para os abstinentes, versus 5,7 de quem bebia.
A análise também avaliou se os pacientes estavam participando de programas de acompanhamento de cirrose antes de terem seu câncer diagnosticado. Aqueles cujo tumor no fígado foi detectado durante acompanhamento em um programa do tipo tinham uma melhora na sobrevida em comparação com pessoas nas quais a doença foi diagnosticada incidentalmente.
"Para melhorar o prognóstico do câncer de fígado na população alcoólica, devem ser feitos esforços para implementar programas eficazes de rastreamento para cirrose e câncer de fígado, além de melhorar o acesso aos serviços de tratamento do alcoolismo", disse Costentin ao EurekAlert.
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