Esteira, bike ou elíptico: qual aparelho é a melhor escolha para você?
Esteira, bicicleta ergométrica e elíptico (ou transport): esse trio é campeão de audiência da turma que curte fazer exercícios aeróbicos e quer emagrecer. Os aparelhos desenvolvem resistência física, melhoram a saúde do sistema cardiorrespiratório e proporcionam bom gasto calórico. Mas qual é melhor para você? Veja os prós e contras de cada um.
1 - Esteira
Além disso, o impacto provocado pelas passadas favorece a manutenção da massa óssea, combatendo a osteoporose. No entanto, esse mesmo impacto pode ser negativo para quem está com sobrepeso ou já sofreu lesão na coluna, no quadril, nos joelhos e nos tornozelos, pois sobrecarrega as articulações.
O treino na esteira exige alguns cuidados. O primeiro deles é não ficar muito longe da barra de apoio. É importante ela estar acessível caso você perca o equilíbrio ou se sinta mal. Quem não está acostumado a usar o aparelho pode até fazer o exercício com as mãos na barra para ter mais segurança, só não se apoie sobre ela. Isso pode projetar o corpo para a frente e forçar a coluna e panturrilhas.
Se não for realizada da maneira correta, a corrida pode gerar lesões no quadril e nos joelhos. Por isso é importante tomar cuidado.
Ao terminar o exercício, procure diminuir a velocidade do aparelho aos poucos e tome cuidado para descer dele, pois algumas pessoas costumam sentir tontura ao sair da esteira e pisar no chão.
2 - Bicicleta ergométrica
Entretanto, a bicicleta ergométrica é ótima para gestantes, sedentários, obesos e pessoas com problemas nas articulações, já que o exercício não tem impacto e nem risco de quedas.
Para pedalar com conforto e sem lesões é imprescindível ajustar o aparelho corretamente. No caso do selim, se ele estiver muito alto, o quadril é prejudicado, e se estiver muito baixo são os joelhos que vão sofrer.
Para calcular a altura ideal, fique em pé ao lado da bike e coloque o assento na altura do ossinho do quadril. Depois, sente-se no banco, deixe um dos pedais na parte mais baixa e apoie o calcanhar: seu joelho precisa ficar quase estendido.
Também é importante verificar se o selim está muito longe do guidão, o ideal é que haja uma distância entre eles igual ao comprimento entre o cotovelo e a ponta dos dedos esticados. Atenção também à postura durante o treino.
3 - Elíptico
Por não ter impacto, o aparelho poupa as articulações e pode ser utilizado por qualquer pessoa apta a treinar. Uma grande vantagem do transport é que ele nos leva a realizar movimentos que não fazemos rotineiramente, ativando músculos diferentes. Já o envolvimento dos braços na atividade contribui para o aumento da intensidade e do gasto calórico.
Ao treinar no elíptico é muito importante tomar cuidado com a postura e a angulação das articulações, principalmente do quadril e dos joelhos. Procure manter as pernas levemente flexionadas e evite balançar o corpo, pois isso pode provocar lesões. Projetar o corpo para frente, apoiando-se na tela da máquina, prejudica a postura e não é recomendado. Assim como fazer variações malucas, como realizar o exercício agachado para "recrutar ainda mais os glúteos" —para isso é melhor fazer agachamento na musculação, ok?
Já executar o movimento ao contrário, levando os pés para trás ao invés de para frente, é uma boa. Desse modo, você acaba trabalhando os músculos antagonistas aos usados no modo convencional e faz um "treino mais completo". Por isso, o ideal é alternar os dois sentidos na hora da prática.
Fontes: Fernando Basílio, educador físico pós-graduado em fisiologia do exercício; Ricardo Munir Nahas, ortopedista, traumatologista e médico do esporte; Diego Zanon, educador físico pós-graduado em fisiologia do exercício e coach de crossfit.
*Com reportagem publicada em 11/04/2018.
Deixe seu comentário