Ela teve incontinência urinária por causa do peso e perdeu 26 kg
Ao fim da faculdade, Michelle De Simone, 32 anos, chegou aos 121 kg. Após tentar várias dietas, ela se deu bem com a "low carb", se apaixonou pela musculação e conseguiu emagrecer. Veja como:
"Minha família sempre foi gordinha e, com 13 anos, minha irmã tomava anfetamina para controlar o peso. Mesmo com essa tendência a engordar, eu me mantive magra até a faculdade. Quando os ponteiros da balança começaram a subir, fui ao endocrinologista para emagrecer. Aí, se iniciou um ciclo vicioso: ele me passava remédio, eu tomava e perdia peso, mas quando parava engordava o que tinha eliminado e mais 10 kg. Foi assim que cheguei aos 90 kg.
Em 2011, vim para os EUA fazer intercâmbio, depois me casei e a balança subiu ainda mais. A alimentação dos americanos é muito diferente da nossa. Aqui tem um fast-food em cada esquina, todos muito baratos. Fora que não existe horário de almoço nas empresas. Os funcionários têm 15 minutos para fazer um lanche rápido.
Essa cultura diferente e a falta de cuidado na hora de escolher o que estava comendo me fizeram chegar aos 121 kg. Logo começaram a surgir os problemas de saúde. Em 2015, marquei uma consulta com a ginecologista e descobri que tinha pressão alta e incontinência urinária. Sou fisioterapeuta e meu TCC foi sobre a ocorrência de incontinência urinária na gravidez. Eu não era gestante, mas minha barriga estava tão grande que gerou o problema.
Eu fazia xixi nas calças por causa do sobrepeso. Era nojento e triste. Fora que também sentia muita azia e queimação.
Diante desse cenário, resolvi deixar de usar a falta de tempo como desculpa para não tentar emagrecer. No início, segui uma dieta sozinha. Tirei batata, macarrão, pães e doces do cardápio e comecei a fazer caminhadas leves pelo bairro. Em um mês perdi 4 kg e vi que era possível.
Resolvi, então, buscar uma consultoria online, pois achava que precisava de uma força externa me apoiando. Emagreci 25 kg em cinco meses. Foi muito rápido. Mas era um método drástico, meio terrorista até.
Não podia comer banana e falavam que se eu fizesse isso seria gorda para sempre. Resolvi desistir, pensei que não tinha nascido para ser fitness.
Assim que parei, engordei novamente. Uso muito as redes sociais para desabafar e gravei um vídeo falando que estava chateada por estar com 106 kg e não encontrar nenhuma dieta que fizesse sentido para mim. Foi quando uma seguidora me apresentou a low carb. Ela compartilhou perfis de pessoas que seguiram a dieta e comecei a ver que elas tinham um estilo de vida muito parecido com o meu. Nesse tipo de alimentação é permitido consumir gorduras, queijos e outros alimentos saborosos. Não é aquela coisa de queijo branco, sem gordura ou lactose.
Decidi que a low carb seria a última dieta que tentaria seguir. Comecei em janeiro de 2016 e não parei mais. Consegui ter uma vida normal com o plano alimentar. Não tinha aquela obrigação de comer de três em três horas, só quando sentisse fome. Como a base da dieta são carnes e vegetais, posso sair com os amigos e optar por vários alimentos. Não passo vontade. No geral, apenas evito bebidas alcoólicas, industrializados, açúcar e farinha.
Quando cometo algum deslize, não me incomodo. Não sou mais radical quanto a isso. Sei que posso voltar à vida normal no outro dia.
Fui de 106 kg para 80 kg com a low carb. Perdi 26 kg com essa dieta, mas em todo o meu processo eliminei cerca de 41 kg. Além da nova alimentação, também incorporei a atividade física na rotina. Sempre adorei fazer exercícios, mas não tinha assiduidade. Não era a maior fã de musculação, mas uma vez ouvi falar que se você não gosta de treinar modalidade é porque nunca fez isso direito. E não é que é verdade? Um amigo personal trainer começou a elaborar treinos para mim e vi que as possibilidades iam muito além de 3 séries de 10 repetições. Ele criou um treino dinâmico e comecei a ver resultado. Fiquei ainda mais animada. Apaixonei-me tanto pela atividade física que hoje estudo para ser treinadora aqui nos EUA.
Todos os problemas que tinha melhoraram depois que emagreci. Não é só por beleza ou padrão estético. É uma questão de saúde mesmo. Minha autoestima também ficou lá em cima. Hoje me acho bonita e não uso mais a balança como referência. Para mim, o que importa é o espelho.
Não acredito que emagrecimento tenha antes e depois, pois você nunca vai poder relaxar de vez. É um eterno 'durante'.
Minha meta é manter o estilo saudável para sempre e nunca deixar de ser minha melhor versão.
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