Existe uma quantidade segura de cafeína para pessoas com arritmia?
Uma das bebidas mais amadas do Brasil, o café traz muitos benefícios para a saúde. Mas, devido a suas características estimulantes, ele é evitado por pessoas com problemas no coração, como arritmia. Um novo estudo, no entanto, mostrou que, se consumida na quantidade certa, a cafeína não interfere o ritmo cardíaco e pode até diminuir o risco de desenvolver o problema.
Arritmias fazem o coração bater descompassado, rápido ou devagar demais. Por esse motivo, era recomendado a pacientes com a condição evitar o consumo de cafeína. “Há uma percepção pública, comumente baseada em experiências particulares, de que a substância é um gatilho para problemas no ritmo cardíaco”, diz o autor do estudo Peter Kistler. “Mas nosso estudo mostra que esse não é o caso.”
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Publicada na edição de abril do periódico Journal of the American College of Cardiology, a pesquisa analisou 11 estudos envolvendo 360 mil pessoas e descobriu que a substância estimulante não tem efeito na frequência cardíaca. A análise, no entanto, sugere que esse consumo deve ser de até 300 miligramas por dia, algo presente em cerca de três xícaras de café.
Segundo os pesquisadores, diferenças individuais na suscetibilidade aos efeitos da cafeína também podem alterar essa quantidade ideal, mas na maioria dos casos três xícaras não interferem no ritmo do coração. Essa quantidade ainda pode ser benéfica para o coração: “Bebidas cafeinadas como café e chá podem ter propriedades antiarrítmicas de longo prazo, mediadas por efeitos antioxidantes e antagonismo da adenosina”, explica Kistler. "Em numerosos estudos de base populacional, os pacientes que consomem regularmente café e chá moderadamente têm um risco menor de desenvolver um ritmo cardíaco e possivelmente melhorar a sobrevida."
Apesar da descoberta, a maioria dos médicos indica que pessoas com arritmia e taquicardíaca evitem o consumo de cafeína. Portanto, converse com um especialista antes de ingerir qualquer quantidade da substância.
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