Perda de olfato está ligada ao Alzheimer e Parkinson e é comum em mulheres
Você já imaginou como é não sentir o cheiro das coisas? Parece estranho, mas a função olfativa é diminuída em doenças neurodegenerativas, como Parkinson e doença de Alzheimer. Isso porque a capacidade reduzida de detectar odores pode sinalizar menos regeneração ou reparação de células do corpo em geral. Esse fato em si não é uma novidade para o mundo da ciência, mas um novo estudo descobriu que esse sintoma é mais comum em mulheres com idade entre 65 e 74 anos.
Publicada no periódico Journal of Alzheimer's Disease na sexta-feira (20), a pesquisa foi a primeira a fazer associações de função olfativa e desempenho cognitivo específicas para a idade e gênero na população geral. Para chegar às conclusões, os pesquisadores examinaram 4.814 homens e mulheres que tinham entre 45 e 86 anos. A cada cinco anos, suas funções olfativas eram avaliadas.
Leia também:
- Segredo para manter a memória na velhice é ter amigos
- A influência da solidão na saúde dos idosos
- Solidão é um dos maiores medos e questões da velhice; como lidar?
Após a análise, os cientistas descobriram que os participantes com idade entre 65-74 anos com disfunção olfativa apresentaram comprometimento do desempenho cognitivo. Curiosamente, essa forte associação não estava presente em participantes mais jovens (55-64 anos) ou mais velhos (75-86 anos). Além disso, o efeito foi mais presente nas mulheres do que nos homens. Diferenças gerais na função olfativa entre homens e mulheres podem ser a causa desse resultado.
Cheiro e declínio cognitivo
A associação encontrada no grupo de meia-idade pode ocorrer porque essa faixa etária entre 65-74 anos é fundamental para o início do declínio cognitivo e olfatório relacionado à idade. Em relação à faixa etária mais avançada, a associação pode estar coberta por outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes ou doença arterial coronariana.
Segundo os pesquisadores, a disfunção olfativa precede o início do comprometimento cognitivo na doença do Alzheimer, o que destaca seu potencial como biomarcador para o diagnóstico pré-clínico precoce. O teste da função olfatória é uma maneira fácil e barata de detectar disfunções e pode ajudar a identificar indivíduos em risco de declínio cognitivo, especialmente em um estágio crucial entre os 65 e os 74 anos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.