Além do coração, hipertensão prejudica o cérebro, os rins e os olhos
Quando se fala em hipertensão, as pessoas logo associam que a doença é muito perigosa para o coração. O que está certo. A pressão arterial elevada, que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, é um dos principais fatores de risco para problemas cardiovasculares como infarto e aneurisma. Mas a hipertensão também pode prejudicar outras áreas do corpo.
O aumento da pressão deixa veias e artérias mais rígidas, comprometendo a distribuição de sangue —que transporta oxigênio e nutrientes — no organismo. O cérebro, por exemplo, necessita de um fluxo sanguíneo contínuo para exercer suas funções e é afetado pela falta de oxigenação. "O órgão pode perder progressivamente suas capacidades e funções, chegando até a um estado de demência. Nesse estágio, o paciente passa a apresentar problemas de cognição, memória e concentração", alerta a cardiologista Olga Souza, coordenadora do Serviço de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca da Rede D'Or São Luiz.
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A hipertensão também é uma das principais causas da insuficiência renal. Isso porque, com a redução da quantidade de sangue que chega aos rins, fica comprometida a capacidade do órgão de exercer suas funções, como filtrar substâncias e eliminar impurezas do organismo.
Os olhos são outra parte do corpo que podem sofrer problemas, especialmente na retina, decorrentes da pressão elevada. "Alterações como a retinopatia hipertensiva são ocasionadas por um estreitamento dos vasos sanguíneos ou pelo enrijecimento das paredes arteriais, levando a um quadro de hemorragia nos olhos e descolamento da retina, que pode ocasionar —em casos mais graves — cegueira", explica Souza.
Principais causas da hipertensão
A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas. Nilton Carneiro, formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo e cardiologista da CIES Global, explica que em 90% dos casos a doença ocorre por hábitos ruins como tabagismo, excesso de peso, sedentarismo, má alimentação e consumo excessivo de álcool, somados à pré-disposição genética. "Os outros 10% são consequência de alguma doença que acomete o paciente, como apneia do sono."
Para se proteger do problema, o cardiologista recomenda fazer exercícios regularmente —ao menos 30 minutos, cinco vezes por semana — manter uma alimentação equilibrada e evitar beber e fumar. "Também é importante aferir sua pressão periodicamente, para diagnosticar a hipertensão arterial o quanto antes e evitar que ela prejudique outros órgãos", finaliza Carneiro.
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