Existe alguma dieta recomendada para que tem demência ou Alzheimer?
"Tenho um avô que tem Alzheimer. Existe alguma dieta que retarde o avanço dessa doença?"
Estudos sugerem que uma alimentação adequada é essencial para a saúde mental e que os alimentos podem ter um importante papel no retardo da progressão e na prevenção de doenças relacionadas ao cérebro. Em 2006, por exemplo, uma pesquisa feita pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, analisou 2,2 mil pessoas por quatro anos e descobriu que a dieta mediterrânea pode reduzir os riscos de Alzheimer em até 40%.
Esse tipo de dieta é rica em peixes, azeite, amêndoas, grãos integrais, nozes, tomate e espinafre. Ela ajuda prevenir ou retardar a doença, porque os alimentos presentes nesse plano alimentar contêm ômega-3, que atua no cérebro, melhorando a concentração, a memória, o aprendizado, a motivação, o humor e a velocidade de reação. Além de vitaminas, sais minerais e substâncias antioxidantes, que protegem as células sadias do organismo da ação oxidante dos radicais livres (moléculas responsáveis pelo envelhecimento).
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Outra pesquisa mais recente, realizada em 2016 por pesquisadores da Universidade Rush, nos Estados Unidos, comprovou que a dieta MIND também pode reduzir o risco de a pessoa desenvolver Alzheimer. Esse plano alimentar prioriza o consumo diário de vegetais, nozes, feijões, peixes, aves, grãos integrais e azeite. A recomendação é evitar carnes vermelhas, manteiga, margarina, queijos, doces, frituras e fast-food. Segundo os cientistas, que observaram 900 pessoas por cinco anos, os seguidores da dieta MIND têm 53% menos chances de desenvolver Alzheimer e ainda foram avaliadas cognitivamente como se fossem 7,5 anos mais jovens.
É importante ressaltar que não é apenas a dieta que vai prevenir ou retardar a doença. Praticar exercício físico, ler, evitar o tabagismo e o excesso de álcool também postergam o aparecimento da demência. O ideal é deixar o cérebro ativo, de todas as formas possíveis.
Fontes: Elci Almeida Fernandes, nutricionista especialista em gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; Roberta Arb Saba, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia.
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