Falta de exercícios aumenta risco de insuficiência cardíaca
Ficar sem se exercitar por seis anos durante a meia-idade é o suficiente para aumentar o risco de insuficiência cardíaca. É o que sugere o estudo publicado pela Universidade Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos.
A boa notícia é que o contrário também é verdade: ao analisar os níveis de atividades físicas relatados ao longo do tempo em mais de 11 mil adultos, os pesquisadores concluíram que a prática regular de exercícios, em pessoas de meia-idade, também ajuda a diminuir significativamente o risco de insuficiência cardíaca --condição que afeta cerca de 5 milhões a 6 milhões de americanos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, cerca de 50 mil pessoas morrem todo ano no Brasil por complicações cardíacas. A estimativa é que 100 mil novos casos sejam diagnosticados a cada ano no país.
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Insuficiência cardíaca
Ao contrário do ataque cardíaco, no qual o músculo cardíaco morre, a insuficiência cardíaca é marcada por uma incapacidade crônica do coração em longo prazo de bombear sangue suficiente ou de bombear com força para levar o oxigênio necessário ao organismo.
O professor e autor do estudo Chiadi Ndumele, da Escola de Medicina da Universidade John Hopkins, ressalta a importância de atividades física e destaca isso em números. "Em termos cotidianos, nossas descobertas sugerem que participar consistentemente dos 150 minutos recomendados de atividade moderada a vigorosa a cada semana, como caminhar ou andar de bicicleta, pode ser suficiente para reduzir o risco de insuficiência cardíaca em 31%", diz.
Os cientistas também buscaram observar a relação da insuficiência cardíaca em indivíduos que começaram a se exercitar há pouco tempo.
Estudo durou 19 anos
Os pacientes foram monitorados anualmente por cerca de 19 anos para eventos de doença cardiovascular, como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, por meio de entrevistas telefônicas, registros hospitalares e atestados de óbito. A idade média dos participantes era de 60 anos e 57% eram mulheres.
No decorrer da pesquisa, houve 1.693 internações e 57 mortes por insuficiência cardíaca. Os participantes também preencheram uma ficha técnica, na qual era informado a periodicidade dos exercícios e, a partir das respostas, os médicos avaliavam os níveis de atividade física, que eram então classificados como ruins, intermediários ou recomendados.
A quantidade "recomendada" é de pelo menos 75 minutos por semana de intensidade vigorosa ou pelo menos 150 minutos por semana de exercício de intensidade moderada.
Após a coleta de dados, os resultados foram impressionantes: o risco de insuficiência cardíaca diminuiu em cerca de 12% nos 2.702 participantes que aumentaram sua categoria de atividade física de ruim para intermediário ou recomendado, ou de intermediário para recomendado, comparado com aqueles com classificações de atividade consistentemente ruins ou intermediárias.
Por outro lado, o risco de insuficiência cardíaca aumentou em 18% nos 2.530 participantes que relataram diminuição da atividade física de uma visita a três, em comparação com aqueles com níveis de atividade consistentemente recomendados ou intermediários.
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