Estudo identifica relação entre problema de tireoide e tendência suicida
Um novo estudo, publicado na Archives of Clinical Psychiatry, revista de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, comparou pacientes com histórico de atitudes suicidas a pessoas que nunca tiveram qualquer ideia de se matar.
Os autores perceberam que alguns indivíduos com comportamento suicida apresentavam um mal funcionamento da tireoide, supondo-se assim uma relação desses fatores. A pesquisa foi realizada no Instituto de Saúde Mental de Punjab e no Centro de Medicina Nuclear do Mayo Hospital em Lahore, ambos no Paquistão.
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Para o estudo, foram selecionados pacientes com história pregressa de tentativa de suicídio ou ideação suicida atual para análise do estado da função tireoidiana, com idade entre 15 e 55 anos. Os resultados mostraram que essas pessoas apresentam maior incidência de distúrbio tireoidiano e menor nível do hormônio T3, em comparação com pacientes psiquiátricos não suicidas.
Muitas vezes apontada como culpada pelo ganho de peso, a tireoide é uma pequena glândula que fica no pescoço, na região do gogó. Ela produz hormônios que regulam processos fisiológicos do corpo inteiro, inclusive do coração, cérebro e pulmão. Pode deixar o metabolismo rápido ou devagar demais, levando, por exemplo, a uma parada cardíaca pela aceleração do hipertireoidismo ou pela falta de estímulo no hipotireoidismo. O hipertireoidismo costuma ser mais veloz e agressivo, enquanto o hipo é mais gradual e lento.
O diagnóstico de problemas na tireoide não é difícil. Ele pode ser obtido em uma consulta e confirmado com exames de sangue. A doença geralmente é hereditária, afeta mais as mulheres e acontece em qualquer idade. O tratamento tanto do hiper quanto do hipotireoidismo é feito com medicamentos.
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