Novo composto químico impede que resfriado se torne resistente
Cientistas britânicos desenvolveram uma droga que impede a resistência do rinovírus, causador da maior parte dos resfriados, a alguns remédios. Apesar de parecer trivial, causando apenas coriza e um pouco de febre, o mal-estar pode se tornar algo perigoso para quem tem doenças respiratórias como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e fibrose cística.
E embora existam vacinas e drogas antivirais, essas formas de prevenção e tratamento enfrentam uma série de dificuldades, porque o vírus aparece sob diversas formas e pode sofrer mutações rapidamente, levando à resistência aos medicamentos.
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O truque, segundo os autores, foi desenvolver drogas que interajam com uma das enzimas dentro de nossas células, tornando mais difícil para o vírus se tornar resistente. “Os vírus ‘sequestram’ o hospedeiro para fazer mais cópias de si mesmos. E esta enzima é uma das hospedeiras ‘sequestradas’”, explica Roberto Solari, do Imperial College London, no Reino Unido, e coautor do estudo publicado no periódico Nature Chemistry na segunda-feira (14).
Como o vírus usa a enzima para montar o revestimento proteico que envolve seu material genético e consequentemente se reproduz, os cientistas elaboraram um jeito de fazer com que essa enzima não funcionasse normalmente: eles desenvolveram uma droga que contém uma molécula que atrapalha essa enzima.
A equipe diz que a molécula parece impedir completamente a replicação do vírus, se a droga for adicionada uma hora antes, uma hora depois ou ao mesmo tempo em que as células são infectadas, e que permanece eficaz até três horas após a infecção. A abordagem também foi encontrada para impedir a replicação de outros vírus na mesma família que o rinovírus, como poliomielite e febre aftosa.
Mas Solari afirma que a cura para o resfriado comum está muito distante: a droga precisará passar por maioi otimização antes que possa ser usada como medicamento. "Nós não fizemos nenhum estudo em animais ou seres humanos, então não posso dizer formalmente qual é a toxicidade desse composto", diz o pesquisador. "Ainda há um longo caminho antes que isso se torne um remédio.”
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