Não sabe a causa da sua tontura? Ela pode ser um novo tipo de vertigem
Episódios de vertigem fazem as pessoas sentirem tontura por minutos ou dias. As causas variam bastante, indo de doenças graves, como tumores, a condições benignas, como a doença de Meniére e a labirintite. No entanto, alguns não encontram a causa, dificultando inclusive o tratamento. Agora, um grupo de neurologistas encontrou um meio de diagnosticar e tratar esse tipo de vertigem sem causa conhecida.
Para ser diagnosticada, a pessoa fica sentada dentro de uma sala escura e o médico move a cabeça do paciente para frente e, em seguida, para os lados, por cerca de 15 segundos. Ao final do teste, uma gravação em vídeo é feita dos movimentos dos olhos do examinado. Segundo os neurologistas, as pessoas com essa nova condição tinham movimentos oculares chamados nistagmos (oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos) que duravam mais do que para outras pessoas. A nova condição é chamada de vertigem espontânea recorrente com nistagmo após sacudir a cabeça.
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Entre 338 pessoas com vertigem sem causa conhecida, 35 tiveram essa nova condição e foram incluídas no estudo. Os participantes tiveram ataques de vertigem de duas ou três vezes por semana e relataram náuseas ou vômitos, dores de cabeça e intolerância de movimentos da cabeça durante as crises.
Os neurologistas também descobriram que as pessoas com o novo tipo de vertigem eram mais propensas a ter uma doença grave do que aquelas com outros tipos de vertigem. Um total de 20 das 35 pessoas com a nova condição que tiveram ataques frequentes e sintomas graves receberam medicação preventiva. Cerca de um terço deles teve recuperação parcial ou total com o novo medicamento. Durante o acompanhamento de cerca de 12 anos após os primeiros sintomas em 31 participantes, cinco não relataram mais ataques, 14 disseram que os sintomas melhoraram e apenas um afirmou que os sintomas pioraram.
"Essas condições podem ser difíceis de diagnosticar e muito debilitantes para as pessoas, por isso é emocionante poder descobrir esse novo diagnóstico de uma condição que pode responder ao tratamento", diz Ji-Soo Kim, autor do estudo, que foi publicado no periódico Neurology.
De acordo com Kim, as pessoas com essa condição podem ter um mecanismo hiperativo no sistema vestibular que ajuda o cérebro a responder aos movimentos do corpo e do ambiente. "É possível que a vertigem ocorra quando esse mecanismo instável é interrompido por fatores no corpo da pessoa ou em seu ambiente", afirma.
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