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Remédio antifúngico mata células resistentes em casos de câncer colorretal

O Itraconazol, remédio para fungos, é capaz de eliminar células tumorais ?adormecidas? do câncer colorretal - iStock
O Itraconazol, remédio para fungos, é capaz de eliminar células tumorais ?adormecidas? do câncer colorretal Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

09/06/2018 15h56

Um estudo mostrou que um medicamento antifúngico pode ser eficaz contra células resistentes em casos de câncer colorretal. O remédio seria o Itraconazol, usado em infecções fúngicas incluindo certos tipos de levedura vaginal (como candidíase) e infecções nos pés e mãos (como tinea pedis e tinea manuum).

Os responsáveis pela descoberta do novo uso para o medicamento foram os pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Câncer do Reino Unido de Cambridge, que sugeriram o Itraconazol como um tratamento capaz de eliminar células tumorais “adormecidas” do câncer colorretal.

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Em experimentos conduzidos em ratos, a equipe descobriu que a droga antifúngica pode ser capaz de desencadear a morte de um tipo de célula cancerígena colorretal normalmente imune ao tratamento. Tais células tumorais são encontradas em um estado de "dormência", e por isso não respondem às terapias usuais, como a quimioterapia, que visam as células ativas do câncer.

"Um dos maiores desafios no tratamento de qualquer tipo de câncer é a diversidade de células dentro do mesmo tumor. Neste estudo, a equipe teve como alvo um tipo de célula que dorme dentro dos tumores intestinais, permanecendo indiferente ao tratamento e deixando o paciente correndo risco de o câncer voltar," explicou o co-autor da pesquisa, Simon Buczacki, ao site medical News Today.

Para o estudo, publicado no jornal científico Experimental Medicine, os pesquisadores testaram a eficácia de vários medicamentos nas vias de controle de dormência celular e, na tentativa e erro, acharam o sucesso do Itraconazol.

Nos testes, o remédio eliminou as células cancerosas dormentes e bloqueou o crescimento do tumor cancerígeno. Agora, os especialistas querem testar o medicamento em pacientes humanos com câncer colorretal em estágio avançado para conseguir respostas mais elaboradas sobre a eficácia do tratamento.

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