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Homens com disfunção erétil têm 2 vezes mais chances de ter ataque cardíaco

A disfunção erétil é, por si só, um potente preditor de risco cardiovascular - iStock
A disfunção erétil é, por si só, um potente preditor de risco cardiovascular Imagem: iStock

Do VivaBem

11/06/2018 12h22

Além dos fatores de risco conhecidos, como colesterol elevado, tabagismo e pressão alta, as doenças cardiovasculares também têm relação com um problema que afeta mais de 2 milhões de homens no Brasil: a disfunção erétil. A conclusão é de um estudo publicado nesta segunda-feira (11) no periódico Circulation.

A pesquisa acompanhou mais de 1.900 homens, com idades entre 60 e 78 anos, durante 4 anos. Os resultados mostraram que os participantes que não conseguiam ter ou manter uma ereção firme o suficiente para a relação sexual tinham duas vezes mais chances de sofrer ataques cardíacos, paradas cardíacas, morte súbita cardíaca e acidentes vasculares cerebrais fatais ou não fatais.

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"Nossos resultados revelam que a disfunção erétil é, por si só, um potente preditor de risco cardiovascular", diz o pesquisador sênior do estudo Michael Blaha, da Escola de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Segundo ele, os médicos devem realizar mais exames direcionados em homens com problemas de ereção, independentemente de outros fatores de risco cardíaco.

"O início da disfunção erétil deve levar os homens a buscar uma avaliação abrangente do risco cardiovascular de um cardiologista preventivo", observa Blaha. "É incrível quantos homens evitam o médico e ignoram os primeiros sinais de doença cardiovascular, mas apresentam pela primeira vez uma queixa principal de disfunção erétil. Esta é uma excelente oportunidade para identificar casos de alto risco não detectados de outra forma."

Esperma, espermatozoides - Getty Images - Getty Images
Nova descoberta pode ajudar na criação de novas técnicas experimentais de contracepção masculina
Imagem: Getty Images

Esperma e infertilidade

Um novo estudo publicado no periódico Nature Communications sugere que uma estrutura recém-descoberta no esperma pode ser responsável por problemas de fertilidade. Usando uma série de técnicas de microscopia extremamente poderosas, uma equipe de cientistas da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos, analisou uma gama de espermatozoides e conseguiu identificar um segundo centríolo dentro do esperma.

Dentro dos trilhões de células que compõem o corpo humano, os centríolos são vitais para a construção de filamentos ciliares que muitas vezes proporcionam locomoção celular, além de promover uma divisão celular saudável.

Parece que esse centríolo atípico é vital para a fertilização bem-sucedida do ovo durante a reprodução. Isso, por sua vez, sugere que a infertilidade masculina pode ser resolvida se entendermos melhor o comportamento desses dois centríolos.

Segundo os cientistas, novas pesquisas são necessárias, mas a descoberta pode inclusive ajudar na criação de novas técnicas experimentais de contracepção masculina em torno deste centríolo atípico.

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