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Dormir demais engorda, diminui colesterol bom e aumenta triglicerídeos

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Imagem: Getty Images

Do VivaBem

13/06/2018 12h53

Não é só ficar sem dormir que prejudica a saúde. Ter mais de 10 horas de sono também pode fazer mal, como aumentar a circunferência abdominal e os níveis de triglicerídeos e diminuir os níveis de HDL (o colesterol “bom”). A descoberta é de um novo estudo, publicado na terça-feira (12) no periódico BMC Public Health.

Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, utilizaram dados de um estudo com 133.608 homens e mulheres com idades entre 40 e 69 anos e conduzido de 2004 a 2013. Além da duração do sono, a pesquisa incluiu informações sobre características sociodemográficas, histórico médico, uso de medicamentos, fatores de estilo de vida, dieta e atividade física.

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Após analisarem os dados, os cientistas descobriram que os homens e mulheres que dormiam menos de seis horas eram mais propensos a ter síndrome metabólica e maior circunferência da cintura. Dormir mais de dez horas por dia foi associado à síndrome metabólica e aumento dos níveis de triglicerídeos nos homens e à síndrome metabólica, maior circunferência da cintura, níveis mais altos de triglicerídeos e açúcar no sangue, além de baixos níveis de colesterol "bom" nas mulheres. Quase 11% dos homens e 13% das mulheres dormiam menos de seis horas, enquanto 1,5% dos homens e 1,7% das mulheres dormiam mais de dez horas.

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Dormir mais de dez horas por dia foi associado à síndrome metabólica e aumento dos níveis de triglicerídeos
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"Nós observamos uma possível diferença de gênero entre duração do sono e síndrome metabólica, com uma associação entre síndrome metabólica e sono prolongado em mulheres e síndrome metabólica e sono leve em homens", explica Claire E. Kim, principal autora do estudo.

Cada um tem o sono que merece

É importante salientar que, por mais que a ciência recomende um horário estimado de repouso por dia, cada pessoa tem o seu relógio biológico e precisa de uma quantidade de sono específica.

“A liberação dos hormônios funciona de acordo com o ritmo circadiano de cada um”, explica Lucila Bizari Fernandes do Prado, coordenadora do Laboratório de Sono do Hospital São Paulo e do Laboratório de Pesquisa Neuro-Sono. Segundo ela, a ciência indica oito horas de sono porque, em média, a maioria das pessoas descansa de fato após 7h30 ou 8h30 de sono. Mas também existem os extremos da curva, quem dorme 4h ou mais de 12h (sim, é normal).

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