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Quando nasce? Novo exame de sangue pode prever data do parto com precisão

Análise de RNA presente no sangue é capaz de confirmar a idade gestacional com eficiência semelhante a do ultrassom         - iStock
Análise de RNA presente no sangue é capaz de confirmar a idade gestacional com eficiência semelhante a do ultrassom Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

23/06/2018 12h27

Indispensável para a saúde da mãe e do bebê, o ultrassom pré-natal também é a maneira mais confiável de saber com quantas semanas a mulher está de gestação. Mas um novo e simples exame de sangue também poderá indicar com precisão o dia em que a criança vai nascer, além de identificar o risco de parto prematuro.

A descoberta foi feita por cientistas da Universidade Stanford (EUA). Em um estudo publicado na Science, os pesquisadores analisaram o RNA da placenta de 31 gestantes. A partir de nove genes identificado nas amostras de sangue, eles construíram um modelo estatístico capaz de confirmar a idade gestacional com eficiência muito próxima do exame de ultrassom.       

"A falta de precisão na data de nascimento muitas vezes leva a uma indução desnecessária do trabalho de parto ou a uma cesária, que aumenta a necessidade de cuidados médicos e os custos após a concepção", acreditam os autores do trabalho científico. 

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Segundo os pesquisadores, a vantagem do teste sanguíneo é que a ultrassonografia nem sempre está acessível para pessoas com menos recursos financeiros, além de não predizer o nascimento prematuro espontâneo. "Essa é uma das principais causas de morte infantil", explicaram. 

A capacidade do exame de sangue em identificar o risco de parto prematuro foi analisada em um estudo relacionado, realizado com 38 mulheres com chance de ter um bebê antes dos nove meses de gestação --devido a contrações precoces ou histórico de gravidez.

O cientistas encontraram a transcrição de sete RNAs livres de células que permitiram classificar com uma precisão de quase 80% as gestantes que tiveram filho antes do previsto

Os autores alertam que, antes de disponibilizar esse exame para a população, é preciso realizar estudos mais abrangentes, com um número maior e mais diversificado de voluntárias. 

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