Estresse aumenta em 36% os riscos de desenvolver doenças autoimunes
Além de estar relacionado a problemas de sono, afetar o coração e até causar depressão, o estresse também é conhecido por causar alterações fisiológicas, incluindo alterações na função imunológica. Um novo estudo, publicado no periódico JAMA, mostrou que ter uma condição psiquiátrica relacionada ao estresse pode aumentar o risco de doença autoimune.
A pesquisa usou um banco de dados sueco de 106.464 pacientes que apresentavam uma condição de estresse grave, como transtorno de estresse pós-traumático, reação aguda ao estresse ou transtorno de adaptação. Eles os compararam com 1.064.640 pessoas “normais” e com 126.652 de seus irmãos livres de estresse.
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Os participantes foram acompanhados durante uma média de 10 anos. Nesse período houve 8.284 casos de doença autoimune entre aqueles diagnosticados com um transtorno de estresse, 57.711 entre aqueles sem estresse, e 8.151 entre os irmãos sem estresse.
Depois de controlar outros fatores de risco, os pesquisadores descobriram que, em comparação àqueles que não tinham estresse grave, as pessoas com algum distúrbio relacionado ao estresse tinham 36% mais probabilidade de ter uma doença autoimune e 29% mais propensos do que seus irmãos sem estresse. As pessoas com diagnóstico de TEPT apresentavam um risco ainda maior, com 46% mais chances de desenvolver uma doença autoimune.
Huan Song, principal autor do estudo, conclui que o estresse realmente afeta a saúde a longo prazo. “E não apenas a saúde psiquiátrica, mas deixa as pessoas vulneráveis a outras doenças. Existem muitos tratamentos disponíveis para transtornos relacionados ao estresse, e é importante que as pessoas recebam tratamento cedo.”
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