Você dorme mal? Acordar muito à noite aumenta riscos de fibrilação atrial
A falta de sono causa vários problemas à saúde, de depressão ao Parkinson. Mas um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, incluiu mais um item nessa lista de malefícios: a fibrilação atrial.
Na doença, o ritmo do coração se torna irregular, favorecendo a formação de coágulos que podem chegar ao cérebro e provocar um derrame. Esse êmbolo também pode surgir em outros pontos do corpo, causando graves problemas como trombose, isquemia nos olhos, rins, intestinos, coluna ou até nos dedos dos pés.
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Os pesquisadores se basearam em quatro estudos diferentes para determinar se o sono ruim é um fator de risco para a fibrilação atrial. Primeiro, eles usaram o Health eHeart Study e determinaram que os indivíduos com despertares noturnos mais frequentes apresentavam mais diagnósticos da doença. Eles então validaram esses achados usando o Cardiovascular Health Study, que demonstrou os mesmos resultados.
Dentro de um subconjunto desses indivíduos que haviam sido submetidos a estudos formais do sono, eles descobriram que menos sono REM, em particular, predisseram uma fibrilação futura. Finalmente, eles recorreram ao Projeto de Custo e Utilização de Saúde da Califórnia (HCUP), um conjunto de bases de dados de registros médicos. Os dados do HCUP confirmaram que o diagnóstico de insônia previa um diagnóstico de fibrilação.
De acordo com os cientistas, esses resultados fornecem mais evidências de que a qualidade do sono é importante para a saúde cardiovascular e especificamente para a fibrilação atrial. Embora não houve evidências de que a duração do sono, por si só, fosse um fator de risco para a doença, eles descobriram que a interrupção do sono é um importante fator.
"Embora existam vários tratamentos disponíveis para fibrilação, a prevenção da doença seria ideal. A boa notícia é que a qualidade do sono pode ser modificável e é algo que pelo menos em algum grau está sob o controle do indivíduo”, explica Gregory M. Marcus, principal autor do estudo. Segundo ele, praticar exercícios físicos regularmente, dormir sempre na mesma hora e evitar o uso de cafeína e de telas, como celulares, tablets, computadores e TVs, antes de dormir, podem ajudar na higienização do sono e, consequentemente, na prevenção da fibrilação atrial.
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