Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Você dorme mal? Acordar muito à noite aumenta riscos de fibrilação atrial

A interrupção do sono é um importante fator de risco para a doença - iStock
A interrupção do sono é um importante fator de risco para a doença Imagem: iStock

Do VivaBem

27/06/2018 12h31

A falta de sono causa vários problemas à saúde, de depressão ao Parkinson. Mas um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, incluiu mais um item nessa lista de malefícios: a fibrilação atrial.

Na doença, o ritmo do coração se torna irregular, favorecendo a formação de coágulos que podem chegar ao cérebro e provocar um derrame. Esse êmbolo também pode surgir em outros pontos do corpo, causando graves problemas como trombose, isquemia nos olhos, rins, intestinos, coluna ou até nos dedos dos pés.

Leia também:

Os pesquisadores se basearam em quatro estudos diferentes para determinar se o sono ruim é um fator de risco para a fibrilação atrial. Primeiro, eles usaram o Health eHeart Study e determinaram que os indivíduos com despertares noturnos mais frequentes apresentavam mais diagnósticos da doença. Eles então validaram esses achados usando o Cardiovascular Health Study, que demonstrou os mesmos resultados.

Dentro de um subconjunto desses indivíduos que haviam sido submetidos a estudos formais do sono, eles descobriram que menos sono REM, em particular, predisseram uma fibrilação futura. Finalmente, eles recorreram ao Projeto de Custo e Utilização de Saúde da Califórnia (HCUP), um conjunto de bases de dados de registros médicos. Os dados do HCUP confirmaram que o diagnóstico de insônia previa um diagnóstico de fibrilação.

De acordo com os cientistas, esses resultados fornecem mais evidências de que a qualidade do sono é importante para a saúde cardiovascular e especificamente para a fibrilação atrial. Embora não houve evidências de que a duração do sono, por si só, fosse um fator de risco para a doença, eles descobriram que a interrupção do sono é um importante fator.

"Embora existam vários tratamentos disponíveis para fibrilação, a prevenção da doença seria ideal. A boa notícia é que a qualidade do sono pode ser modificável e é algo que pelo menos em algum grau está sob o controle do indivíduo”, explica Gregory M. Marcus, principal autor do estudo. Segundo ele, praticar exercícios físicos regularmente, dormir sempre na mesma hora e evitar o uso de cafeína e de telas, como celulares, tablets, computadores e TVs, antes de dormir, podem ajudar na higienização do sono e, consequentemente, na prevenção da fibrilação atrial.

Siga o VivaBem nas redes sociais
Facebook • Instagram • Youtube